O segundo jogo de Portugal na fase de grupos, frente a Marrocos, terá lugar na capital da Rússia, a belíssima cidade de Moscovo, no dia 20 de Junho às 12:00 (hora de Lisboa), no estádio Lujniki.
Moscovo é o espelho da história de um país imenso, que se divide entre dois continentes, que assistiu a ascensão e queda de impérios e por onde passaram povos tão diversos como os vikings, bárbaros germânicos, eslavos ou mongóis. Conhecida pela sua arquitetura, a cidade de Moscovo é o grande centro cultural da Rússia, albergando inúmeros museus, teatros, salas de concertos, companhias de bailado, orquestras musicais e tudo o mais o que às artes diz respeito. Há muito para ver e fazer em Moscovo, aqui apresentamos apenas algumas propostas.
Estádio Lujniki: Inaugurado em 1956 era o estádio onde a ex-União Soviética realizava os seus jogos e em 1980 recebeu os Jogos Olímpicos de Moscovo. Nos últimos anos foi alvo de obras profundas para acolher os jogos do Mundial de Futebol, até porque este será o palco das cerimónias de abertura e de encerramento da competição. Por se tratar de um estádio com muita história para a cidade, houve a preocupação de manter o seu aspecto original, pelo que a fachada foi preservada. No entanto, o estádio Lujniki conta agora com 81 mil lugares. A área envolvente também foi requalificada e é agora um espaço de lazer marcado por muitas árvores e vegetação.
Praça Vermelha: É a praça mais emblemática da cidade, o coração de Moscovo, onde se encontram os principais e mais famosos edifícios do país, que juntos constituem um núcleo arquitetónico considerado pela UNESCO Património Mundial da Humanidade. Mesmo que numa viagem a Moscovo não haja tempo para ver mais nada, uma visita a esta praça é obrigatória para se ter um vislumbre da monumentalidade da capital russa. Local onde está marcado o quilómetro zero, é palco de grandes paradas militares.
Catedral de São Basílio: É o edifício mais icónico de Moscovo. Foi construído no século XVI, por ordem do Czar Ivan, o Terrível, para celebrar as suas vitórias. Inicialmente o Czar construiu uma pequena igreja, mas por cada vitória que ia obtendo ia acrescentando uma outra, ao redor do templo primitivo. A torre central acabou por unificar as 9 igrejas, convertendo-as num único templo. Secularizado em 1929 é hoje um museu. À data da sua construção não existia nada de semelhante na tradição russa ou bizantina. Diz a lenda que o Czar deixou cego o arquiteto responsável pelo projeto da basílica, para que este jamais fosse capaz de desenhar uma outra obra com tamanha magnificência.
Kremlin: A palavra “kremlin” significa “fortaleza dentro de uma cidade” e não podia ser mais apropriada. Este complexo gigantesco edificado no centro da capital russa conta com 5 palácios, 4 catedrais, vários jardins e um muro com diversas torres que circunda todo o conjunto arquitetónico. Um dos edifícios mais conhecidos do Kremlin é o chamado Grande Palácio, que serve de residência oficial do presidente da federação russa e cujo aspeto atual data do século XIX. O Palácio tinha a intenção de mostrar o poder dos Czares e, olhando para as suas dimensões (25 mil metros quadrados), facilmente se percebe que esse objectivo foi mais que conseguido!
Museu Histórico do Estado: Concebido e fundado em 1872, este museu conta com milhões de objetos que ajudam a compreender a história da Rússia e que passam por relíquias pré-históricas das tribos que habitavam o território russo, até às inestimáveis obras de arte adquiridas pelos diversos membros da dinastia Romanov, que governou o império durante oito gerações. Ocupa o lugar de uma antiga farmácia mandada construir por Pedro, o Grande, que serviu posteriormente para acolher a primeira universidade de Moscovo.
GUM (Glavny Universalny Magazine): O nome deste enorme edifício pode traduzir-se por “Lojas de Departamento Estatais” e consiste num conjunto de vários espaços comerciais. A ideia era substituir um antigo edifício que era o centro do comércio em Moscovo e que já não se encontrava em bom estado. Mas este imenso edifício, com uma fachada de 242 metros com capacidade para 1200 lojas e escritórios abriu portas em 1890, o ano da Revolução Bolchevique que transformou a Rússia na União Soviética, que nacionalizou o espaço para que as lojas fossem acessíveis a todos, de acordo com os ideais socialistas. A experiência falhou, mas décadas mais tarde a GUM voltou a funcionar como uma galeria comercial e tornou-se num dos poucos sítios da URSS que não tinham racionamento ou falta de produtos, o que dava origem a longas filas que se estendiam pela praça vermelha. Atualmente mantém o estatuto de principal centro comercial de Moscovo, onde estão representadas as mais famosas e luxuosas marcas internacionais.
Metro: Embora os planos para construir uma rede de metro na cidade tivessem surgido logo no início do séc. XX, o envolvimento na Primeira Guerra Mundial, a Revolução Bolchevique e a guerra civil com que o país se deparou fez com que tais planos só se concretizassem durante o regime comunista liderado por Lenine. O comité central do partido comunista queria melhorar as ligações de transporte público na cidade, mas o metro também serviria para fazer propaganda política– uma vitória tecnológica do socialismo e do poder do povo soviético. Daí que algumas estações sejam autênticas obras de arte, decoradas com motivos socialistas e arte Deco. A terceira fase de construção do metro aconteceu em plena Segunda Guerra Mundial, pelo que a temática decorativa das estações criadas nessa época evoca símbolos e imagens de guerra, com vista a elevar o espírito nacional e o fervor dos combatentes. O metro serviu de abrigo à população durante os ataques aéreos da Segunda Guerra Mundial e o conselho de ministros chegou a ser instalado numa das estações. Já todas as estações construídas durante a Guerra Fria serviam também de abrigos nucleares. Atualmente o metro de Moscovo tem quase 200 estações ao longo de mais de 300 km e muitas delas merecem uma visita.
Outros locais de interesse: O Teatro Bolshoi é uma instituição de Moscovo, sendo a casa da companhia de bailado com o mesmo nome, que é uma das melhores e mais bem reputadas escolas de ballet do mundo. Este magnífico teatro abriu portas em 1856 e desde então que é um lugar mítico na cidade para se assistir a um espetáculo de bailado ou de ópera. Todos os dias milhares de pessoas passam pelo Parque Gorky, uma imensa área verde com lagos, monumentos, uma espaço muito bonito e agradável que faz as delícias dos moscovitas, que no inverno contam ainda com zonas para patinar e jogar hóquei no gelo. O Museu Pushkin dedicado às Belas Artes, é um dos maiores do mundo, dentro do género e preserva mais de 500 mil obras de arte europeia, com peças de pintura, escultura, arqueologia, fotografia, numismática e outras.
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