Em comunicado, a Administração do Porto de Lisboa (APL) refere que já iniciou “os procedimentos necessários para a certificação de um aeródromo naval”, não avançando, contudo, com prazos para a sua execução.
“Ao longo dos anos temos vindo a receber manifestações de interesse de entidades privadas que pretendem realizar voos turísticos em hidroavião, dando a conhecer a cidade de Lisboa e arredores de uma forma diferente aos turistas”, justifica Ricardo Medeiros, um dos vogais do conselho de administração da APL, citado na nota.
A futura infraestrutura, que deverá ficar localizada na zona do Mar da Palha (uma das bacias do rio Tejo), não vai ter qualquer barreira física, sendo que “só haverá descolagem ou amaragem com boa visibilidade e espaço livre e suficiente para a operação em segurança”, segundo ressalva a APL.
“Todas as operações de voo serão realizadas com planos de voo submetidos, aprovados e controlados pelas autoridades aeronáuticas. Quando o hidroavião amarar, comporta-se como qualquer embarcação respeitando as regras náuticas como as restantes embarcações, sem qualquer diferença ou conflito com a restante navegação marítima”, é explicado a nota.
A APL esclarece ainda que, durante a fase de voo, “o controlo será responsabilidade das autoridades aeronáuticas e, na fase em que se desloque no espelho líquido, será a entidade portuária a controlar”.
O futuro aeródromo naval será gerido pela APL e o processo de certificação envolverá um conjunto alargado de entidades, nomeadamente a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a Câmara Municipal de Lisboa e a Capitania do Porto de Lisboa.
O anúncio da construção desta infraestrutura surge numa altura em que se assinala o centenário da Primeira Travessia Área do Atlântico Sul por Gago Coutinho e Sacadura Cabral.
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