Por: Ana Oliveira

Em tempos, o Palácio de Queluz foi residência permanente da família Real e hoje deu lugar a uma Pousada onde pode passar uma ou mais noites e criar memórias únicas, graças ao ambiente romântico e à decoração inspirada nos contos dos poetas.

Decidimos então fazer uma viagem ao passado através da Pousada de Queluz. Afinal, para uma noite ou fim de semana diferente, nem sempre é preciso ir para longe. Vários locais históricos do país - desde castelos a fortalezas - deram lugar às Pousadas de Portugal, que nos desafiam a ser reis ou rainhas, pelo menos, por um dia.

Pousada de Queluz
créditos: Ana Oliveira

Nós aceitámos o desafio e viajamos até Queluz para uma noite mágica. Poderíamos ter viajado até ao Castelo de Palmela, Palacete de Alijó ou para o Forte da Horta - existem opções de norte a sul do país e nos Açores - mas o Palácio de Queluz, talvez pela proximidade, foi o que nos nos suscitou mais interesse.

Quem diria que um dia iria lá dormir? Lembro-me de visitar o palácio quando era mais nova e de como as suas luxuosas salas fascinavam-me. Erguido como um palácio de verão para Dom Pedro de Bragança, é um dos últimos palácios da Europa a contar com o clássico estilo rococó. É também conhecido como o Palácio de Versalhes Português.

Passar uma noite no meio deste ambiente, só poderia ser um privilégio. Claro que não dormimos literalmente no Palácio Nacional de Queluz, mas sim junto ao mesmo, no edifício da Torre do Relógio, que funcionava como aposentos do pessoal ao serviço no Palácio e como armazém. 

E não se desanime, pois vai encontrar um lugar acolhedor, com um ambiente romântico e com a magia da realeza que procura. Vai sentir que entrou num lugar secreto. É o refúgio perfeito para se isolar do resto do mundo e viver algo só seu. A partir do momento que faz o check-in, a história é sua. É o viajante quem a vai construir e guardar.

Nós ficamos num quarto duplo standard que nos deixou de boca aberta. Era amplo, com um estilo clássico, mas ao tempo era moderno. Remetia-nos para o século XVIII, no entanto, não olhávamos para aquele espaço como algo ultrapassado, pelo contrário, tinha um certo ar luxuoso e contemporâneo. A verdade é que aquele quarto reunia o melhor dessa época e do presente.

Pousada de Queluz

A primeira coisa que me chamou atenção no quarto foram as mantas vermelhas nos pés das camas. Recordaram-me imediatamente a realeza. Depois, as cortinas, com estilo clássico e os pormenores dourados, lembraram-me as histórias de princesas que tanto escutei na infância. Tive que abrir aquelas cortinas compridas e colocar-me à janela. Imaginei uma história de amor que poderia ter usado aquele lugar como cenário. Era sobre um amor proibido, entre um guarda e uma princesa com final feliz, claro.

As cadeiras, que hoje dizemos serem “vintage”, ajudaram a criar ainda mais ambiente. Oh! Lá imaginei a princesa a escrever cartas de amor sem destino que, mais tarde, seriam chamadas de poesia.

Em cima de cada almofada da cama, existia um pequeno chocolate, cortesia da Pousada, sempre atenciosa. Sentei-me na cama, a comer o chocolate e liguei a televisão. Sim, apesar de ser um edifício antigo, encontra-se adaptado aos nossos dias. Conte com televisão, ar condicionado e wifi. E, felizmente, tudo a funcionar da melhor maneira.

A casa de banho também é maravilhosa: é espaçosa, tem muita luz e uma banheira (adoro banheiras). Há dois espelhos, um de corpo inteiro e outro de meio corpo. Como sabia que a Pousada fazia parte do grupo Pestana, decidi arriscar e não levei gel de banho. Felizmente, correu bem. Existiam vários amenities na casa banho, entre os mais importantes: gel de banho, shampoo, loção para o corpo e toca para o cabelo. Toalhas também não faltavam na casa de banho, havia ainda secador e até um banco para as senhoras que necessitam de mais tempo a arranjarem-se. 

Pousada de Queluz

O quarto estava quente, tanto que não dava vontade de sair de lá. A cama era confortável e o ambiente bastante acolhedor. Não se ouvia barulho lá de fora. Até nos esquecíamos que estávamos a cinco quilómetros de Lisboa.

De facto, sentimo-nos num lugar sem tempo. Não é o século XXI, muito menos o XVIII. É um tempo só nosso, criado por nós e imortalizado pelas nossas memórias.

Acordámos de uma forma agradável ansiosos por tomar o pequeno almoço e por explorar os jardins do Palácio e porque não também as fabulosas salas do Palácio. Embora exista elevador, optamos por descer pelas escadas: é apenas um andar e é mais especial.  

Passámos pela sala comum, por sinal, muito afável e requintada. "À nossa espera", encontravam-se alguns elementos do staff, que, apesar das horas, tinham um sorriso na cara. O pequeno-almoço foi outra feliz surpresa. Embora "buffet", tinha um ar familiar e uma boa apresentação. Tinha variedade e, felizmente, sumos naturais e não aqueles sumos à base de conservantes. Outra coisa que se destacou na mesa, foi a charcutaria e o facto de existirem pasteis de nata, entre outros doces típicos portugueses. 

Pousada de Queluz

Como nos encontrávamos em época baixa, os ovos mexidos eram feitos na hora, o que se recomenda. Apesar da máquina de café encontrar-se disponível na sala, foi nos servido à mesa. Os funcionários sempre foram muito atenciosos e fizeram questão de nos levar o café à mesa para nossa comodidade. Sentimo-nos de facto reis.

É uma experiência ideal para partilhar a dois ou em família. Se ainda não encontrou a prenda ideal para alguém que lhe é querido, aproveite para lhe proporcionar um dia diferente e lhe permita também criar num destes lugares a sua própria história.

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