Tudo começou em 1923 quando o casal Odette e René Albar, na altura donos de restaurantes, resolveram abrir o primeiro hotel em Paris, com o intuito de proporcionar uma experiência autêntica e acolhedora aos viajantes. Iniciava-se, assim, o conceito de “luxo casual” que se transformou no mote da marca que hoje já vai na quarta geração e que se internacionalizou para países como Itália, China, Costa do Marfim e Portugal.
Assim, ao cruzar o pórtico do século XVIII do Maison Albar Amoure temos a sensação de sermos transportados para um destino internacional, tal é o requinte que nos recebe, com um chafariz e uma fachada imponente.
Porém, estamos no interior norte de Portugal, mais precisamente na aldeia de Moure (que emprestou o nome ao hotel), em Vila Verde, bem próximo de Braga e a menos de uma hora do Porto, cidade que alberga a primeira unidade do grupo em Portugal, o Le Monumental Palace.
Somos recebidos por dois funcionários, um que trata de levar o nosso carro para o estacionamento e o outro que transporta as bagagens, indícios que o serviço durante a estadia iria cumprir com as cinco estrelas atribuídas à unidade.
Se a primeira impressão é a que fica, então, todos os hóspedes devem guardar a imagem da entrada no Maison Albar Amoure, onde duas escadarias monumentais convergem para um lobby com um alto pé direito. No centro, há uma escultura que chama a atenção, é um motor de um Aston Martin desconstruído que se transformou numa obra de arte.
Arte e automóveis de luxo são dois traços característicos do hotel, como haveríamos de descobrir, durante o nosso check-in e welcome drink, em que, ao contrário do habitual balcão, sentamo-nos nos sofás de uma das salas da biblioteca e, enquanto fornecemos as informações necessárias, vamos trocando dois dedos de conversa com Hugo, um dos funcionários que nos foi contando alguns detalhes sobre o hotel.
Antes de conhecermos a nossa suite para os próximos dias e após passarmos por mais uma sala da aconchegante biblioteca, fazemos uma paragem no bar R.P.M., onde os protagonistas são os carros de luxo que repousam numa sala redonda especialmente pensada para recebê-los.
Entre os modelos expostos estão uma exclusiva LaFerrari (só existem 499 exemplares no mundo) e um dos carros de competição de Michael Schumacher. Os veículos fazem parte da coleção privada do proprietário do hotel e, no futuro, outros carros também serão expostos naquele espaço.
Gostamos da sensação de nos sentir a viajar sem sair do sítio e, ao entrar no quarto (um dos 26 do hotel), somos transportados para Paris, pelo estilo Art Déco da decoração que, de resto, é uma marca da chancela Maison Albar.
Todo o mobiliário da espaçosa suite transmite luxo e conforto, sendo que a cama king size é um convite para uma boa noite de sono. Nos armários, temos roupões e chinelos, na casa de banho, encontramos todas as amenities necessárias. No quarto, além de café, chá, gomas, chocolates e outros snacks, temos à nossa espera um delicioso bolo de limão a dar-nos as boas-vindas.
Deixamos Paris para trás e voltamos ao verdejante Minho quando abrimos as portadas e vamos até à grande varanda do quarto para contemplar a vista. O enquadramento natural é ideal para desconectar e encontrar momentos de fruição, quer seja a ler um livro ou a relaxar nas piscinas, interior ou exterior.
Com belos dias ensolarados a marcar este final de verão, os banhos de sol e os mergulhos na piscina exterior foram inevitáveis durante a estadia.
À espera dos hóspedes há também um spa com duas salas de tratamento e um ginásio.
A experiência gastronómica do Amoure é um capítulo à parte, mas que deve ser lido, ou melhor, degustado com calma. A começar pelo pequeno-almoço que é encarado pelo grupo como uma arte.
Aqui não vai encontrar o típico buffet, mas antes uma experiência mais personalizada, em que somos brindados com um pequeno-almoço servido à mesa com uma variedade de pães, compotas, frutas e bolos. Ao lado, uma carta de pratos quentes, como panquecas, ovos ou french toast. Sem dúvida que os amantes da primeira refeição do dia não se vão sentir desiludidos.
A Sala Aurora, onde é servido o pequeno-almoço, partilha o espaço exterior com o restaurante do hotel, o L’Amoure, que traz a assinatura do chef Julien Montbabut, detentor de uma Estrela Michelin.
Assim, espera-nos uma experiência de fine dining, mas com um toque de descontração, e acompanhada por uma excelente carta de vinhos. A gastronomia do Norte de Portugal está bem representada, com destaque para a carne minhota e o polvo que experimentámos e estavam irrepreensíveis.
Para encerrar, recomendamos voltar ao ponto onde começamos, ao bar R.P.M, para experimentar um dos cocktails de autor disponíveis na carta ou, até, uma nova criação dos mixologistas do hotel.
O SAPO Viagens visitou o Maison Albar Amoure a convite do hotel
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