Intitulada “Sob a terra e as águas. 20 anos de Arqueologia entre Guadiana e Sado”, exposição vai poder ser visitada no Núcleo Museológico da Rua do Sembrano, naquela capital de distrito alentejana.
A mostra, cuja abertura ao público comemora o Dia Internacional dos Museus, é promovida pela Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), Câmara de Beja e Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCAlen).
O objetivo, explicou hoje a EDIA, passa por dar a conhecer o trabalho efetuado no âmbito do Alqueva na vertente do património cultural, decorrente das medidas de minimização dos impactes arqueológicos na zona servida pelo empreendimento.
“A exposição dá a conhecer o vasto património que tem sido descoberto sob as terras do Alentejo, no âmbito da construção do EFMA”, disse.
E, frisou, sendo o concelho de Beja “um território central do EFMA, no qual têm vindo a ser identificados novos e relevantes vestígios patrimoniais”, o Núcleo Museológico da Rua do Sembrano é “um local natural para dar a conhecer estas novidades”.
Os visitantes, disse a empresa gestora do Alqueva, vão poder apreciar “um conjunto ímpar de peças arqueológicas” que proporciona “uma viagem pelos diferentes povos e culturas que, ao longo dos últimos 250 mil anos, habitaram a região”.
“São apresentadas dezenas de peças arqueológicas de elevado valor patrimonial, algumas das quais únicas”, realçou a organização, numa informação enviada à agência Lusa.
Vasos, taças, punhais, brincos, colares ou moedas são alguns dos “muitos objetos” que integram a exposição, “apresentados com a devida contextualização histórica” e que permitem “vislumbrar um pouco dos hábitos e costumes de quem, desde a pré-história antiga e recente, passando por romanos, visigodos, árabes e cristãos, viveu” na região.
A exposição destaca “o volume e diversidade das intervenções” realizadas, mas, principalmente, “o contributo do trabalho efetuado para a renovação do conhecimento científico”, permitindo “reescrever a história da ocupação humana do território de influência do projeto”, afirmou a EDIA.
A DRCAlen acrescentou hoje que o espólio, exposto em seis conjuntos organizados de forma cronológica, da Pré-História Antiga à Idade Moderna, constitui “uma seleção” dos “muitos milhares de peças, das mais diversas épocas, recolhidos nas muitas centenas de intervenções arqueológicas” na área do EFMA.
“Muitos desses trabalhos vieram revolucionar os paradigmas teóricos existentes até ao início dos mesmos, sobretudo no que concerne à Pré-História Recente e à Proto-História, com implicações não só para esta região, mas, também, a nível nacional e internacional”, realçou.
Agora, com esta exposição, frisou a Direção Regional de Cultura, é dado a conhecer ao público o resultado de “duas décadas de arqueologia preventiva” na área do Alqueva, intervenções “responsáveis por uma verdadeira revolução empírica do conhecimento arqueológico no Alentejo”.
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