Quem não conhece, pode apanhar um grande susto ao dar de caras, na praia, com este enorme esqueleto de serpente, com 130 metros de comprimento, que parece emergir assustadoramente do fundo do mar, mas logo vai perceber que esta cobra pré-histórica que brinca com as marés, não é um fóssil, mas antes uma obra do artista chinês Huang Yong Ping, feita de alumínio e criada originalmente para uma exposição de arte contemporânea, designada “Estuaire 2012”, do Festival Voyage à Nantes.
A mensagem da serpente marinha
A imagem da serpente está ligada à mitologia chinesa e transmite uma mensagem de apoio à proteção ambiental — uma lembrança de como os erros humanos podem matar, não apenas a vida nos oceanos, mas também toda a sua beleza e fantasia.
As curvas da Serpent d'Océan refletem aproximadamente as voltas e reviravoltas da ponte vizinha de Saint-Nazaire, e a sua pose lembra a arquitetura única dos carrelets, (típicas cabanas de pesca que se encontram ao longo da costa atlântica francesa), ligando desta forma a peça ao progresso humano e à ameaça que este representa para a vida animal.
O movimento sinuoso das vértebras da serpente cria a ilusão de uma criatura morta-viva, que surge das águas do oceano e depois desaparece ao ritmo da maré.
Como visitar
A Serpent d'Océan está instalada à beira do estuário do Loire, na entrada do Oceano Atlântico, exatamente em Nez-de-Chien, em Mindin, Saint-Brevin-les-Pins, uma pequena cidade francesa a cerca de 45 minutos de Nantes (a EasyJet oferece voos diretos de Lisboa e Porto para Nantes).
De Nantes a Saint-Brévin-les-Pins são cerca de 55 km pelas estradas N844 e D751 se optar por alugar um carro.
Se preferir o transporte público, a opção mais conveniente é apanhar um comboio para a cidade vizinha de Saint-Nazaire e dali apanhar um autocarro para a praia de Saint-Brévin-les-Pins.
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