A visita é uma espécie de combinação entre conhecimento e diversão. Têm-se contacto com as verdadeiras cápsulas que foram à lua, assiste-se à reconstrução de momentos históricos, mas pode-se também brincar com, por exemplo, uma consola de navegação do space shuttle. Assimilam-se os passos dados no passado, explica-se a situação atual e pondera-se o futuro, com os projetos de viagem e de ocupação do planeta Marte.
Percebe-se que a conquista do espaço continua a ser um objetivo e tem-se contacto com a recente integração de parceiros privados nesta missão. Encontram-se em exposição diversos protótipos de veículos para deslocação em Marte e naves para a longa viagem até lá, como a Orion da NASA, a Dragon da SpaceX, a Vector-R da Vector ou a Starliner da Boeing.
Adquire-se também conhecimentos sobre a construção de estruturas habitáveis fora do planeta Terra e têm-se contacto com experiências sobre a forma como o homem tentará tornar a sua vida sustentável longe do seu ambiente natural.
Os espaços a visitar
A primeira sensação que se tem, ao visitar o espaço, é da enormidade de tudo. Quem sempre consumiu informação sobre as viagens espaciais no pequeno ecrã, ao entrar no complexo, percebe que, à escala real, tudo ganha outra dimensão. É por isso importante garantir um dia inteiro para conseguir absorver toda a informação. O Kennedy Space Center encontra-se dividido em zonas temáticas, sem ordem especial de visita. Há núcleos que vão exigir maior disponibilidade de tempo, pelas apresentações.
Todos os dias há atividades programadas, a que se pode aceder, como visionamento de filmes no Imax, sessões 3D, encontros com astronautas, sessões de autógrafos e briefings atualizados das missões espaciais, entre outros. O programa diário é entregue à entrada e varia ao longo do ano.
Deixamos algumas das atrações que não vai poder perder:
Heroes & Legends
Este é o primeiro espaço que vemos à esquerda, quando se entra no Kennedy Space Center. É uma das zonas renovadas, que nos dá a conhecer quem foram os pioneiros do espaço e a história daqueles que dedicaram a sua vida a desafiar as leis da gravidade.
Rocket Garden
Este é o jardim onde nos sentimos formigas, ao lado dos gigantescos foguetões. É onde o visitante se pode sentar numa cápsula espacial e ver o (pouco) espaço que sobra.
Bus Tour
A visita de autocarro dá uma perceção da dimensão de todo o espaço de trabalho e uma melhor compreensão sobre o processo de descolagem das naves. Os visitantes passam pelo edifício de agrupamento das naves espaciais e pela plataforma de lançamento. Esta saída do centro do complexo permite ainda visitar o Apollo/ Saturn V Center. Aqui é possível assistir a uma apresentação muito detalhada da chegada do homem à lua, ver pedras lunares reais, assim como passear debaixo do maior foguetão alguma vez construído.
“That’s one small step for man, one giant leap for mankind” é a frase do astronauta Neil Armstrong e também uma das mais ouvidas aqui.
Altantis: Space Shuttle
É uma espécie de museu interativo totalmente dedicado ao programa que passou a levar naves ao espaço (em vez de cápsulas). É aqui que poderá também ver um dos exemplares deste projeto: a Atlantis. Conte também com muita informação na área sobre as missões. Há objetos reais para fotografar e simuladores para testar. Um deles, imperdível: o Shuttle Lauch Experience. É um simulador de lançamento para o espaço, em que os visitantes participam numa missão, com todas as sensações de movimento e pressão.
Programas exclusivos
Há ainda programas exclusivos, que pode acrescentar à sua visita, mediante reserva prévia e pagamento extra. Almoçar com um astronauta, fazer uma visita guiada por um astronauta ou integrar uma experiência de treino, a ATX – Astronaut Training Experience, são algumas das oportunidades que o Keneddy Space Center proporciona.
Informações práticas
O Keneddy Space Center fica a cerca de uma hora de carro, de Orlando, na Flórida.
Abre diariamente às 9h00 e a hora de encerramento varia de acordo com a época do ano. A entrada diária custa 57 dólares e para crianças entre os 3 e os 11 anos custa 47 dólares.
Reportagem: Tânia Fernandes
Artigo originalmente publicado no Canela & Hortelã
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