O órgão que monitoriza o tráfego aéreo adiou num ano, até 2025, a sua estimativa da data de retorno do nível pré-crise, devido à fragilidade da recuperação da economia e ao risco de que persista a guerra lançada pela Rússia contra a Ucrânia.

Companhias aéreas e aeroportos registaram 2 mil milhões de passageiros em 2022, ante 2,42 mil milhões em 2019, com fortes "disparidades" entre países e empresas. Estes números incluem todas as partidas e chegadas ao território europeu.

A Alemanha, por exemplo, atingiu 75% do nível de tráfego que tinha antes da crise em 2022, contra 86%, na França; 91%, na Espanha; e 96%, em Portugal. Já na Grécia, o tráfego aéreo chegou a 101% do volume de há três anos.

Segundo dados fornecidos pelas empresas, as companhias aéreas de baixo custo saíram mais fortalecidas da crise, alcançando 85% do tráfego em relação a 2019, ante 75% das companhias aéreas tradicionais.

"Em 2022, a aviação europeia resistiu à tempestade", resumiu o Eurocontrol.

A agência projeta que o número de voos anuais na zona chegará este ano a 92% do nível de 2019. Antecipa, no entanto, um ano “difícil”, pelo desafio de limitar os atrasos, um problema que afetou muitos viajantes no início do verão de 2022.