"O Sítio arqueológico Nacional Takalik Abaj, na Guatemala, acaba de ser inscrito na Lista de Património Mundial da UNESCO", anunciou esta agência do sistema ONU, logo após a decisão divulgada em Riade, na 45ª sessão do Comité de Património Mundial.

O parque é cercado por estruturas, esculturas, praças cerimoniais, além de uma densa vegetação, plantações de café e escrituras das duas civilizações no município de El Asintal, a 200 quilómetros da capital Cidade da Guatemala.

São 650 hectares no sopé de uma cadeia vulcânica, onde existem 356 monumentos. Em 133 deles, há seis formas diferentes de escrita.

O sítio arqueológico reúne uma variedade de peças fundamentais da transição entre as civilizações, das quais se destaca uma escultura de pedra que começou a ser esculpida em olmeca e finalizada com uma ainda incipiente escrita maia.

"Quando se conhecem e começa a formar-se a nova cultura maia, o principal centro daquele momento era Takalik Abaj, então nasce ali. Por isso dizemos que Takalik Abaj é o início da cultura maia. Isto a torna única e universal", disse à AFP o ministro guatemalteco da Cultura, Felipe Aguilar.

O novo património mundial da UNESCO era uma cidade comercial cosmopolita habitada, a princípio, por olmecas (1.500 a.C. a 100 d.C.) e, posteriormente, pelos maias, no período pré-clássico médio (800 a 300 a.C), de acordo com a arqueóloga Christa Schieber.

Conhecidos por serem námadas, os olmecas desapareceram, enquanto os maias continuaram a desenvolver a sua cultura em áreas da Guatemala, sul do México, El Salvador, Honduras e Belize.

O sítio também foi a residência do primeiro rei da cultura maia, K'utz Chman, que está enterrado no local, disse Aguilar.

A cidade foi ocupada por 1.700 anos, de 800 a.C. a 900 d.C. Posteriormente, foi redescoberta em 1888.

Também são patrimónios mundiais na Guatemala a cidade colonial de Antígua, as ruínas maias de Tikal e Quiriguá e a festa da Semana Santa.