A decisão de suspender a Rússia foi tomada nesta terça-feira por uma maioria dos membros do conselho executivo da OMT em Madrid, onde está sediada, a pedido da Colômbia, Guatemala, Lituânia, Polónia, Eslovénia e Ucrânia, disse um porta-voz da OMT à AFP.
Para entrar em vigor, deve ser ratificada por dois terços dos membros numa assembleia geral extraordinária, que será convocada "nos próximos trinta dias", disse o porta-voz.
Segundo a OMT, esta foi a primeira vez na história da organização, estabelecida em Madrid em 1976, que o conselho executivo se reuniu para considerar a suspensão de um membro.
"Se você é um membro, deve comprometer-se com nossas regras. E adotar nossos valores. Então, quando os membros vão contra nossos objetivos, deve haver consequências", disse o secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili, da Geórgia, em comunicado, acrescentando que "a guerra nunca é a solução".
A invasão da Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro, contraria a Carta das Nações Unidas e o "objetivo principal" da OMT de "promover e desenvolver o turismo como meio de contribuir para o desenvolvimento económico, o entendimento internacional, a paz, a prosperidade e o respeito universal pelos direitos humanos", lembra o comunicado.
Espanha já anunciou que apoiará a suspensão da Rússia na assembleia geral se Moscovo não acabar com a "agressão cruel e injustificada" contra a Ucrânia, disse a ministra espanhola do Turismo, Reyes Maroto, citada em comunicado de seu gabinete.
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