Em novembro, Midori Nishida, de 25, foi escoltada até uma casa de banho pública no aeroporto de Hong Kong. No recinto, pediram que urinasse para fazer o teste de gravidez.

Quando comprovaram que não estava grávida, Nishida obteve a permissão para embarcar num voo da companhia Hong Kong Express, rumo ao território americano de Saipan.

Num questionário, Midori Nishida havia declarado não estar grávida. Ainda assim, os funcionários da empresa pediram que se submetesse a uma avaliação de forma a confirmar que estava para para voar. A avaliação foi criada para mulheres com tamanho corporal ou forma similar à de uma grávida.

O resultado do teste deu negativo. "Foi muito humilhante e frustrante", disse Nishida ao "Wall Street Journal".

Midori Nishida cresceu na ilha Saipan, lugar onda a família viveu por mais de duas décadas.

A empresa pediu desculpas a Nishida e disse à AFP que a prática foi interrompida.

"Estamos a rever a prática. Até lá, a prática encontra-se suspensa. Pedimos desculpa pela angústia causada", afirmou a companhia, num comunicado.

A Hong Kong Express explicou ter tomado as "medidas em voos para Saipan a partir de fevereiro de 2019 para ajudar a garantir que as leis de migração americanas não eram minadas". Ainda segundo a empresa, o objetivo era atender às preocupações das autoridades da ilha.

"Reconhecemos as importantes preocupações que esta prática causou", afirmou.

Saipan é um destino popular para as mulheres que desejam dar à luz em solo americano. A ideia é garantir a cidadania americana para os filhos.