Conhecida pelos congressos de medicina popular, promovidos pelo sacerdote, a aldeia de Vilar de Perdizes “veste-se” a rigor com casas e lojas comerciais decoradas com abóboras iluminadas, vassouras de bruxa, panos pretos ou teias de aranhas para assinalar a data.
O ponto alto da noite é a preparação da queimada, licor feito à base de aguardente, açúcar, maça e canela, pelo padre António Fontes, conhecido por “Dom Bruxo”, com efeitos alegadamente esconjurativos de todos os males deste e do outro mundo.
Antes de servir a queimada - "mistela abençoada" - "Dom Bruxo" faz o esconjuro da bebida, recitando a ladainha "mochos, corujas, sapos e bruxas, demónios, trasgos e diabos, espíritos das enevoadas veigas", livrando-a de maus-olhados, feitiços, invejas e bruxedos.
Antes, é aberto um ateliê de caracterização para “retocar bruxas, bruxos, trasgos e diabinhos de última hora”.
Os restaurantes, decorados com motivos ligados ao azar, têm preparado um jantar infernal com animação para os convivas.
Depois, as personagens diabólicas vão juntar-se no “terreiro da bruxaria” e desfilar pelas ruas da aldeia para pregar “sustos de morte”.
À volta da fogueira, no centro da aldeia, haverá ainda um baile com bruxinhas vestidas com capas negras, chapéus pontiagudos e vassouras.
A Associação de Defesa do Património de Vilar de Perdizes, organizadora do evento com a colaboração da Câmara de Montalegre, quer com o ‘Halloween’ transmontano atrair pessoas de todo o país para potenciar a economia local, divulgar os produtos tradicionais e a cultura do Barroso.
As três abóboras melhor decoradas irão ainda ser premiadas pela associação.
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