No próximo dia 7 de abril assinala-se o Dia Nacional dos Moinhos, data em que várias Aldeias de Portugal abrem as portas dos seus moinhos ao público, propondo diversas iniciativas.

De Aveiro a Viseu, passando ainda por Braga, Bragança, Guarda e Castelo Branco, a rede das Aldeias de Portugal acolhe oficinas para confeção de pão, caminhadas, sessões de conto, provas gastronómicas, almoços na azenha e até jantares temáticos, entre outras iniciativas.

A "festa do Moinho" nas Aldeias de Portugal arranca com o workshop Broa Mimosa, na aldeia de Boco, no concelho de Vagos, distrito de Aveiro no dia 07 de abril. 

Para além do workshop, serão organizadas caminhadas pelas levadas do Vale de Boco, sessões de contos infantis, jogos tradicionais, um almoço na azenha e provas de doces de abóbora, rojões e vinhos da Bairrada. Está ainda previsto um passeio por outros moinhos de água da zona, sendo que dois vão continuar de portas abertas a 7, 15 e 16 de abril para visitas guiadas: é o caso da azenha da família Barreto e da que pertencia à chamada “Ti Luísa”. As atividades para os moinhos de Boco têm um custo de participação e obrigam a reserva prévia neste site.

Amassar o pão e jantar temático na escola primária da aldeia

Também a 7 de Abril, outras azenhas se abrem ao público na aldeia da Marmeleira, no município de Mortágua, distrito de Viseu, sendo que 10 dias depois será Ul, em Oliveira de Azeméis, a assinalar a data com uma caminhada ao longo do rio que dá nome a essa Aldeia de Portugal e ainda hoje faz girar a mó do seu moinho.

No mesmo espírito, mas noutro concelho do distrito de Aveiro, também Vilarinho de São Roque celebra o património histórico, cultural e social dos seus moinhos. Igualmente classificado como Aldeia de Portugal, esse povoado da freguesia de Ribeira de Fráguas reserva o segundo fim de semana de abril para as celebrações da Páscoa, mas depois dedica o dia 15 aos seus moinhos e esmera-se no programa.

Num dia só, há propostas como a visita aos moinhos de rodízio do Regatinho, uma demonstração de como amassar o pão, um tour guiado pela aldeia, outra demonstração de como colocar a broa no forno, uma caminhada pelo trilho do linho e, ao final do dia, um jantar temático na antiga escola primária da aldeia. Essa experiência gastronómica tem um custo de 10 a 15 euros por pessoa, consoante a idade do participante, e implica reserva.

Património com diferentes graus de conservação

Além destas duas localidades, com os seus programas específicos relacionados com o Dia Nacional do Moinho, há mais Aldeias de Portugal onde se pode conhecer estas tipologias de construção – que, em algumas localidades, estão impecavelmente preservadas devido ao esforço coletivo de instituições locais e, noutras regiões, se preparam para acolher obras de beneficiação destinadas a garantir a devida preservação desse património edificado.

Começando pelos moinhos em ruínas, merecem uma visita os da aldeia de Castelo, no concelho de Celorico de Basto, distrito de Braga, pela memória que representam e pelo contraste paisagístico e arquitetónico que proporcionam face ao castelo e ao mosteiro da freguesia de Arnoia. Outros moinhos sem atividade, mas visitáveis, são os de Quintela de Azurara, em Mangualde, e de Covelo de Arca, em Oliveira de Frades.

A laborar pontualmente e sempre recetivos a turistas estão, por sua vez, os de Várzea de Calde, no município de Viseu, e os Vilarinho da Castanheira, em Carrazeda de Ansiães. A esses juntam-se ainda os da aldeia de Penha Garcia, em Idanha-a-Nova, que, além de ter esses imóveis visitáveis e ativos, os exibe ainda num estado particularmente bem conservado.