A eDreams ODIGEO publicou o seu estudo anual “A Year in Travel 2022”, que oferece uma visão geral das preferências e comportamentos dos viajantes em 2022 e prevê já algumas tendências para o próximo ano.
Os destinos preferidos dos portugueses
Este ano, Paris voltou a ser o destino de eleição dos viajantes portugueses, sendo a cidade para onde mais viajaram – e, de resto, uma preferência comum a nível internacional. Seguiu-se Londres, também a segunda cidade mais visitada nos resultados globais, e depois Madrid. Outros destinos populares foram Barcelona, Funchal, Bruxelas, Ponta Delgada, Luxemburgo, Genebra e Amesterdão, revelando uma clara inclinação para viagens na Europa.
Entre os destinos que os portugueses mais pesquisaram este ano, encontram-se Paris, Londres, Funchal e Barcelona – o que permite perceber que acabaram por viajar para os locais em que inicialmente pensaram. Por outro lado, os destinos que mais cresceram em 2022 face ao ano passado (em termos de reservas efetuadas) foram Marraquexe (327%), em Marrocos, e Bilbau (213%), em Espanha. Globalmente, os destinos que registaram um maior crescimento das reservas em comparação com 2021 foram Denpasar (1478%), na Indonésia, Singapura (1446%) e Banguecoque (1188), na Tailândia – o que se deve à reabertura das viagens para a Ásia, após um longo período em que tal não era possível devido às restrições impostas pela pandemia.
Os hábitos de reservas dos portugueses
Tal como já se tinha verificado no ano passado, os portugueses parecem continuar a dar preferência a viagens curtas, de até 4 dias (53%); no entanto, as estadias de duração média, entre 7 a 13 dias, ganharam terreno (20%). Apenas uma minoria escolheu realizar viagens entre 5-6 dias (16%), 14-20 dias (5%) ou mais de 21 dias (6%).
No que toca às reservas, quase metade (47%) dos inquiridos portugueses continua a marcar viagens de última hora, até 15 dias antes da data de partida – uma tendência que se acentuou na pandemia e que se tem mantido até aos dias de hoje, apesar da diminuição das restrições, e se reflete também a nível internacional (45%).
A eDreams ODIGEO pôde ainda perceber que os portugueses voltaram a preferir viagens na Europa (78%) a viagens dentro do próprio país (14%) ou para fora do continente europeu (8%). Em 2022 observou-se um aumento significativo das viagens continentais, a par de uma redução das viagens nacionais - o que demonstra que os portugueses sentem cada vez mais confiança para voltar a viajar e sair do país, agora que o pior da pandemia parece ter passado.
As tendências de 2022
Os portugueses estão a optar cada vez mais por viagens a solo – sobretudo porque querem ter controlo total sobre os planos de viagem e viajar de forma mais tranquila, livre e independente. Este tipo de viagens também lhes permite tornar-se mais resilientes e autossuficientes e aproveitar a sua própria companhia.
Misturar trabalho com prazer está a tornar-se também cada vez mais comum, à medida que as gerações mais jovens procuram conciliar as suas carreiras com a vontade de conhecer o mundo. Assim, tiram partido da flexibilidade laboral que a pandemia permitiu descobrir e aproveitam para realizar viagens que combinam dias de trabalho com dias de lazer.
O crescimento dos chamados “nómadas digitais” é outra tendência com grande impacto no setor do turismo, motivado pela mudança dos padrões de trabalho e o aumento de oportunidades de trabalho remoto. Para isto contribui também pela criação de vistos e programas fiscais flexíveis pensados para nómadas digitais por parte dos governos de alguns países – como é o caso de Portugal.
Um primeiro olhar para 2023
Por fim, o estudo da eDreams ODIGEO procurou olhar para o futuro das viagens e traçar o caminho do próximo ano. Foi possível concluir que as reservas dentro do continente europeu parecem manter-se na mira dos viajantes portugueses – sendo Paris, Funchal, Ponta Delgada e Barcelona os destinos mais reservados para 2023. Contudo, os destinos que os portugueses mais pesquisam para viajar no próximo ano são Paris, São Paulo, Rio de Janeiro, Londres e Nova Iorque, indicando alguma vontade de retomar as viagens de longa distância.
Viajar continua a ser uma grande prioridade para os portugueses, que querem explorar novos países e culturas e manter o seu estatuto de “descobridores do mundo”.
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