A capela, descrita pela Santa Casa como “uma das mais notáveis realizações do Barroco europeu" e "uma joia única" no património artístico nacional, está em processo de candidatura a Tesouro Nacional, segundo a entidade promotora.
“Construída em Roma no século XVIII por encomenda de D. João V, e transferida para Lisboa em 1747, a capela, com o seu tesouro, é um exemplo sublime de arte sacra romana em Portugal e um símbolo maior do barroco europeu, subsistindo hoje como um testemunho único e incontornável das grandes encomendas artísticas e da política de mecenato de D. João V”, referiu, em comunicado, a Santa Casa.
Fonte da Santa Casa disse à agência Lusa que a candidatura foi apresentada junto da Museus e Monumentos, EPE, tutelada pelo Ministério da Cultura.
Entre os tesouros nacionais está o tríptico “Tentações de Santo Antão”, de Jheronymus Bosch, a “Custódia de Belém”, obra-prima da ourivesaria portuguesa atribuída a Gil Vicente, e “Os Painéis de São Vicente”, em exposição no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa.
O Museu de São Roque, inaugurado em 1905, é considerado um dos mais importantes símbolos do património cultural da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), possuindo “uma importante coleção de arte sacra portuguesa”.
É também um dos museus mais antigos do país. A origem remonta a 1898, quando a sacristia da Igreja de São Roque acolheu uma exposição que assinalou o IV Centenário da Fundação da SCML e os 400 anos da chegada de Vasco da Gama à Índia.
Sete anos depois, em 1905, foi inaugurado o Museu do Tesouro da Capela de São João Batista.
As comemorações dos 120 anos incluem várias iniciativas de entrada gratuita, entre visitas temáticas, espetáculos e exposições.
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