“Os públicos estrangeiros têm diversas proveniências (…), entre as quais se destaca com clareza o Brasil, com 33%”, segundo um estudo apresentado no auditório deste museu nacional, no concelho de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra, na presença da diretora-geral do Património Cultural, Paula Araújo da Silva.
Além dos 50% de visitantes nacionais, sendo 3% residentes noutros países, a metade da procura do MMC reúne públicos de 38 nacionalidades, disse o José Soares Neves, coordenador científico da equipa de análise dos resultados do trabalho, que abrangeu os 14 museus nacionais tutelados pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).
“Outros países com percentagens significativas, embora a larga distância do Brasil, são Espanha (16%), França (13%) e Inglaterra (9%). Somados, os públicos provenientes destes quatro países representam mais de metade dos estrangeiros”, salientou o investigador do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa.
Dos públicos estrangeiros, 5% vivem em Portugal. “Os públicos nacionais residem maioritariamente na região Centro (51%), onde está localizado o museu”.
Segundo o estudo, “merecem ainda referência a Área Metropolitana de Lisboa e a região Norte, ambas com 21%”, com os públicos de nacionalidade portuguesa a registarem um “valor ligeiramente abaixo do conjunto dos museus participantes no estudo”.
“Os museus, para terem visitantes e estarem muito atualizados, têm de ter outras atividades” associadas ao seu trabalho principal, incluindo conferências e exposições temporárias, defendeu Paula Silva, durante a sessão.
Em declarações aos jornalistas, a diretora-geral da DGPC disse que a realização destas atividades “é absolutamente essencial para os museus estarem vivos”, já que “as atuais exigências das pessoas também são diferentes” do passado.
O trabalho do estudo no terreno “decorreu numa base diária”, durante um ano, envolvendo os 14 museus nacionais, entre 03 de dezembro de 2014 e 02 de dezembro de 2015.
A amostra do Museu Monográfico de Conímbriga, em análise, é constituída por 1,142 questionários válidos, dos quais metade de portugueses e os restantes de outras nacionalidades.
A divulgação dos resultados do estudo foi antecedida da apresentação da edição de julho da revista National Geographic Portugal, que inclui uma reportagem sobre a cidade romana de Conímbriga, intitulada “As Sete Vidas de Conímbriga”, com a participação de Paula Silva, do diretor do Museu Monográfico, José Ruivo, do diretor da publicação, Gonçalo Pereira, e do presidente da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova, Nuno Moita da Costa.
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