A marcação das árvores para abate está a decorrer no topo da Serra da Lousã, da Catraia até ao Trevim, afirmou à agência Lusa o presidente daquela associação da região de Coimbra, Manuel Malva.
"São florestas com alto valor ecológico e que albergam grande diversidade biológica. Aquela envolvente florestal fantástica acaba por ser uma das imagens de marca da Serra da Lousã", salientou o responsável, referindo que encontrou na segunda-feira trabalhadores florestais do ICNF a fazer a marcação das árvores para abate.
Entre as espécies presentes, há carvalhos-alvarinhos, carvalhos-negrais, castanheiros, bétulas, freixos ou pinheiros silvestres, entre outras.
Manuel Malva contou à agência Lusa que procurou perceber junto dos trabalhadores do ICNF a razão para o abate, referindo que foram apontadas várias razões diferentes, desde uma intervenção fitossanitária à necessidade de gestão na faixa de dez metros em relação à estrada.
"São quase dez quilómetros de estrada de intervenção que vai muito para além da faixa de dez metros. Trata-se de uma desvalorização paisagística da Serra da Lousã. É uma intervenção desajustada e é difícil perceber qual a motivação real que suporta uma intervenção daquela dimensão", criticou o responsável da MilVoz.
Segundo Manuel Malva, a associação já fez um pedido de esclarecimento junto do ICNF.
A agência Lusa tentou também obter esclarecimentos do ICNF relativamente à intervenção, mas sem sucesso até ao momento.
Foto: Andarilho
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