Em comunicado, a Quercus, juntamente com a Associação para o Desenvolvimento de Sobral Fernando (Proença-a-Nova) e Grupo dos Amigos da Foz do Cobrão (Vila Velha de Ródão), pede aos dois municípios que retomem o processo de classificação daquela área.
O geomonumento das Portas do Almourão fica na fronteira entre os concelhos de Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão, no distrito de Castelo Branco.
Em 2013, foi assinado um protocolo de colaboração entre os dois municípios para classificar uma área com 3.877 hectares, onde residem cerca de 400 pessoas e que, segundo os ambientalistas, "apresenta valores naturais singulares que necessitam ser preservados e valorizados".
"Estes valores são de diversa natureza, geológicos, arqueológicos, culturais e de biodiversidade. Os estudos técnicos foram realizados em 2015 e encontra-se praticante concluído o dossiê de candidatura", lê-se na nota.
Segundo a associação ambientalista, na área em estudo foram reconhecidos 12 habitats naturais.
"Destes, quatro são considerados prioritários para conservação: charcos temporários mediterrânicos, subestepes e anuais da Thero-Brachypodietea, florestas aluviais de Alnus glutinosa e florestas endémicas de Juniperus spp.", refere.
A Quercus sublinha ainda que foram também registadas mais de 170 espécies de aves, algumas delas muito ameaçadas, como a Cegonha-preta (Ciconia nigra) ou a Águia de Bonelli (Aquila fasciata).
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