"Várias companhias aéreas estabeleceram planos de retomada de voos: novas transportadoras serão sucessivamente introduzidas no lançamento do serviço aéreo para Banguecoque, Haikou [China] e Singapura, a partir de março de 2023", afirmou o presidente do conselho de administração da CAM, Ma Iao Hang, num almoço com os meios de comunicação social locais.

Sem pormenorizar, o responsável acrescentou que "algumas companhias aéreas estão atualmente a planear lançar novas rotas, designadamente Jeju [Coreia do Sul], Phnom Penh e Maldivas para Macau até este ano".

A CAM registou, desde o início deste ano, um aumento de 20% de pedidos de 'slots' para voos internacionais, comparativamente a 2022, procurando através da expansão da rede de rotas oferecer aos passageiros mais opções de viagem, disse.

No ano passado, "a indústria do transporte aéreo local foi das mais duramente atingidas pela pandemia" de covid-19, com uma diminuição de 48% no volume de passageiros (599 mil) e um declínio de 14% no processamento de movimentos de aeronaves (13.642), em termos anuais.

Só o mercado de carga manteve "um crescimento constante" com um volume de 51.400 toneladas, num aumento homólogo de 6% no ano passado, afirmou.

Para o futuro, Ma Iao Hang salientou que a CAM vai "promover a constante recuperação do mercado internacional de passageiros" e lembrou que, em outubro, o Governo do território recebeu a aprovação oficial do Conselho de Estado chinês para a expansão e recuperação do Aeroporto Internacional de Macau.

Assim, a CAM lançou já um plano de recuperação de terrenos, concluiu o trabalho de conceção de renovação do terminal 2, enquanto o projeto "Heliporto do MIA" [Macau International Airport, na sigla em inglês] foi aprovado, estando já concluído o projeto da extensão sul do edifício do terminal de passageiros, referiu.

"Com o lançamento formal da extensão sul, a capacidade anual do terminal será aumentada para dez milhões de passageiros", afirmou.

Mais de um milhão de turistas visitaram Macau em janeiro, numa subida de 101,3% em termos anuais e de 259% em termos mensais, de acordo com os mais recentes dados oficiais.

Macau seguiu, até dezembro, a política chinesa de 'zero covid', tendo registado uma queda do número de visitantes, com grande impacto na atividade económica do território.

No ano passado, a região administrativa especial chinesa perdeu 33,7 milhões de visitantes, quando comparado com os números de 2019, ano em que se registou o recorde de 39,4 milhões de turistas.