
Bilhete-postal enviado por Jorge Bastos, fundador do blogue de viagens Travel Drafts
Viajar sempre foi um convite à superação e ao autoconhecimento, e subir ao Vulcão Acatenango, na Guatemala, comprovou isso. Partimos da aldeia de La Soledad, onde já se percebia que a altitude iria testar a nossa resistência.

O trilho, com cerca de 7 km praticamente sempre em subida, combina trechos por caminhos rurais e partes de floresta nublada, exigindo alguma logística e preparação. Embora tenha sido um esforço enorme, foi também um dos momentos mais incríveis de todas as viagens que já fizemos.

Chegámos ao Base Camp (a aproximadamente 3.600 metros) entre cinco, seis horas. Aqui, deixámo-nos deslumbrar pela atividade incessante do Fuego – com erupções regulares que espalhavam cinzas e lava, criando um cenário marcante particularmente com o anoitecer.

À noite, junto a outros viajantes e acompanhados pelo calor reconfortante de uma fogueira, trocamos histórias de viagem e percebemos que aquele era um momento que iriamos guardar para sempre. Optámos por fazer a subida final até ao cume de madrugada, para ver o nascer do sol. Este trecho, mesmo curto, mostrou-se bastante exigente – o terreno arenoso e os ventos fortes exigem concentração e muita resistência.

No topo, o panorama era inesquecível com vulcões, florestas e algumas cidades, oferecendo-nos uma perspetiva única que fez todo o esforço valer a pena.

No final, cada passo era um esforço suplementar, mas chegar ao topo do Acatenango deu-nos um sentido de realização e conquista incrível.

Se também procuram viagens de aventura e querem ver um vulcão em erupção ao vivo, descubram as nossas dicas e orientações para a subida ao Vulcão Acatenango e a observação do Vulcão Fuego.
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