Dildos de todo o mundo e de todas as épocas, desenhos e esculturas eróticas fazem parte dos mais de 2 mil objetos que estavam expostos no Museu do Erotismo, em Paris. No próximo domingo, dia 6 de novembro, as coleções do museu vão ser leiloadas pela casa Saint Cyr.
Fundado em 1998 por dois amigos, Jo Khalifa e Alain Plumey, ex-estrelas porno, que fascinados pelas performances do erotismo resolveram abrir o museu, que desde então já foi visitado por dezenas de milhares de pessoas todos os anos.
O proprietário do edifício resolveu não renovar o contrato de arrendamento e nenhuma solução viável surgiu, entretanto, para evitar o encerramento deste museu privado, uma versão de outros semelhantes como o que se pode encontrar, por exemplo, em Amesterdão.
"Nunca tivemos ajudas do Estado ou da cidade de Paris. E em França o número de turistas tem caído, inclusive para o nosso vizinho Moulin Rouge", disse um dos donos do museu, referindo-se também aos ataques de 2015.
Viajantes frequentes, os seus proprietários conseguiram angariar durante 30 anos uma coleção internacional, que mistura arte popular e contemporânea.
Para o mestre Bertrand Cornette da Saint Cyr, "esta é uma coleção mundial de arte erótica, um panorama único de cultura e costumes".
Entre os lotes que vão a leilão, muitos são da Ásia onde o erotismo é, por vezes, considerado como uma filosofia. A obra mais antiga é uma laje de mármore do século XVIII, representativa de um templo tântrico. Um kamasutra indiano, um tubo fálico esculpido na Tailândia, representações eróticas do sexo masculino e feminino da América Latina também estão na lista.
Cadeiras de diversão estimam-se serem vendidas a partir dos 1.000 euros, representações do órgão sexual masculino de África a partir dos 500 euros, fotografias de nus masculino e feminino a partir de 80 euros.
No entanto, o destaque do leilão vai para uma escultura imponente, em bronze, de 1980, que representa uma mulher em coito com um robô, avaliada entre 7 e 8 mil euros.
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