Durante o mês de abril, a primavera caminha para o seu auge, trazendo novas cores, aromas e sons, que tornam a paisagem luxuriante de Sintra ainda mais irresistível. Para estimular a descoberta das plantas, dos fungos e dos animais que dão vida aos parques históricos e tapadas que gere, a Parques de Sintra preparou novos programas que são um convite a parar, escutar e olhar a natureza com a atenção que ela merece.

“Vamos conhecer... As borboletas diurnas” é a primeira proposta, já no próximo dia 14 de abril, domingo, às 10h00, na Tapada de D. Fernando II, junto ao Convento dos Capuchos. Coloridas e delicadas, as borboletas são insetos fascinantes, mas o que sabemos delas? Durante um passeio na zona renaturalizada da Tapada de D. Fernando, na companhia do biólogo Francisco Aguilar, os participantes nesta atividade vão observar borboletas de perto e descobrir, entre muitas outras curiosidades, o papel fundamental que têm como polinizadoras, como se alimentam e como se reproduzem.

Borboletas diurnas
créditos: PSML Luís Duarte

No dia 18 de abril, quinta-feira, às 14h30, no âmbito do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, realiza-se a “Visita Guiada - Organização dos canteiros do Jardim Botânico de Queluz”. Reunindo espécies botânicas raras, exóticas e desconhecidas à época, como o ananás, no século XVIII, este jardim funcionava como de gabinete de curiosidades e pretendia alcançar a síntese entre arte e natureza. Conduzida por Ana Sanches, arquiteta paisagista da Parques de Sintra, esta visita guiada dará a conhecer o espaço, cuja reconstituição histórica foi distinguida com dois Prémios da União Europeia para o Património Cultural / Prémios Europa Nostra.

Jardim Botânico de Queluz
Jardim Botânico de Queluz créditos: PSML Luís Duarte

Segue-se, no dia 21 de abril, domingo, às 9h30, no Parque de Monserrate a atividade “Sons da Paisagem - Iniciação à Identificação dos Sons das Aves”. Sendo a primavera efusivamente anunciada pelo canto das aves, esta é a estação ideal para aprender a escutá-las. Um jardim que regista a presença de cerca de 40 espécies deste grupo de animais é o local perfeito para quem quer conhecê-las melhor. Ao percorrer os vários habitats que compõem o Parque de Monserrate, os participantes nesta atividade vão treinar a capacidade de escutar e de reconhecer os sons das aves, com recurso a uma app. Para ajudá-los, contarão com Paulo Marques, biólogo e curador convidado do Arquivo de Sons Naturais do Museu Nacional de História Natural e Ciência de Lisboa.

Aves em Sintra
créditos: PSML Luís Duarte

No dia 27 de abril, é altura de explorar o Parque da Pena. De manhã, às 10h00, a proposta é descobrir “Cogumelos e outros fungos no Parque da Pena”. Estes misteriosos organismos não são animais nem plantas e apresentam-se numa enorme diversidade de formas e cores. Durante um passeio para a observação de cogumelos, João Luís Baptista-Ferreira, micólogo e Professor Jubilado de Micologia na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, abordará o papel fulcral deste grupo de organismos na vida da floresta e na sobrevivência dos ecossistemas.

Da parte da tarde, às 15h00, a proposta é admirar “A primavera no Parque da Pena”, tomando como inspiração a visita que Hans Christian Andersen fez a este jardim, na primavera de 1866, companhia de D. Fernando II, o monarca que criou o Parque da Pena. Nesta visita, os participantes vão trilhar os mesmos caminhos. Fazendo como o Rei-Artista e os seus convidados de outrora, vão inspirar o ar fresco da serra, conhecer as árvores exóticas que ali crescem e a sua história.