Quando visitei Oviedo, choveu quase o tempo todo mas o encanto desta pequena cidade não se perdeu, pelo contrário, acho que me fez gostar ainda mais do lugar porque lhe conferiu uma certa aura de mistério.
Diz a lenda que a origem do nome Oviedo remonta ao séc. VIII quando o Rei Fruela I das Astúrias parou nesta região para almoçar e lhe perguntaram onde ele gostaria de construir uma cidade. Ele terá respondido em latim "Ubi edo" que significa “onde eu como” e a partir daí o local ficou conhecido com esse nome.
Oviedo é uma cidade pequena, muito fácil de percorrer a pé. O centro histórico é rico e cheio de monumentos para visitar. A poucos passos de distância entre si, encontramos a Igreja de Santa Maria la Real de la Corte; o Mosteiro de San Pelayo; os Palácios de Verlarde, Valdecarzana, Camposagrado e Toreno, o Museu de Belas Artes; a Junta General del Principado; o Palácio do Arcebispo e a Catedral de San Salvador.
Estátuas de vários estilos estão espalhadas pelos quatro cantos da cidade, parece uma galeria de arte a céu aberto.
O Campo de São Francisco, localizado no centro, é o “pulmão” de Oviedo. É um grande jardim público de 90.000 m2 que oferece aos visitantes belos trilhos repletos de carvalhos e outras árvores de grande porte. Caminhos sinuosos conduzem a pequenos lagos onde encontramos cisnes, patos e pavões. Um dos monumentos do parque presta homenagem ao escritor Leopoldo Alas, mais conhecido por Clarín.
Quem gosta de fazer grandes caminhadas pode visitar o Cristo Redentor de Oviedo. Da cidade, ele parece pequeno, mas é uma estrutura impressionante quando vista de perto.
Oviedo conquista-nos pela sua história e monumentos mas também pelos seus sabores. A charcutaria e as tapas servidas nos restaurantes típicos são deliciosas! Os queijos - como o cabrales, o vidiago ou o gamonedo - também são divinos, com sabores bastante fortes e pronunciados.
Igualmente irresistíveis são os carbayones - bolos feitos com uma massa folhada recheada com uma mistura de ovo, amêndoas moídas e conhaque ou licor e depois cobertos com uma calda de açúcar.
Quem visita a cidade não pode deixar de provar a sua tradicional cidra. Esta bebida, por ser muito fermentada, tem de uma forma muito particular de ser servida. Os Espanhóis chamam-lhe “escanciar”.
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Artigo originalmente publicado no blogue The Travellight World
Foto de capa: Javier.losa / CC 2.0
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