Considerado o feriado mais importante e amado pelos mexicanos, o Dia dos Mortos tornou-se numa festa tão original quanto representativa do México. Classificada como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 2003, a celebração do Dia dos Mortos é hoje mais do que um símbolo cultural.
De forma a celebrar e recordar os que já partiram, os visitantes montam altares coloridos perto das sepulturas (e/ou nas próprias casas) e dedicam cantos e rezas aos seus entes queridos, numa mistura a cultura indígena com tradições cristãs da época colonial espanhola.
Na madrugada de 1 de novembro, as almas das crianças chegam do 'Mictlán', do submundo, e o dia seguinte é dedicado aos espíritos adultos, que são recebidos com alimentos e bebidas preparados na noite anterior.
Um dos pontos altos da festividade é o desfile das 'catrinas', o famoso personagem criado pelo cartoonista José Guadalupe Posada, em 1910.
Caveiras gigantes feitas de papel picado e cartão, bonecos com enfeites de diferentes etnias indígenas e mariachis com trajes com esqueletos bordados desfilaram ao ritmo das lendárias canções mexicanas "La Llorona" e "México lindo y querido".
Veja na galeria algumas das fotografias sobre esta festividade
Esta tradição não fascina apenas os mexicanos, mas também alguns estrangeiros, que adotaram o feriado por seu significado e cores.
El dia de los Muertos [na língua original] tem encantado também no cinema nos últimos anos. Os filmes Coco (2017) da Pixar e a sequência inicial de 007: Spectre (2015) são um exemplo dessa influência.
Nesta celebração misturam-se sentimentos. De um lado a tristeza e a melancolia por não poder abraçar fisicamente os que já partiram e do outro a oportunidade de celebrar e recordar os bons tempos vividos.
Comentários