Tarn Pilkington é um guia profissional de aventura. Vive em Queenstown, Nova Zelândia e, durante anos, trabalhou na gestão de perigo de avalanches e como instrutor de ski, heli-ski e de escalada no Canadá, Estados Unidos da América e Suíça. Também foi membro da equipa de resgate de Aoraki/Mount Cook National Park.

Começou a sua carreira de guia na Antárctica em 2006 e focou-se em tours de ski e heli-ski nas montanhas mais populares da Nova Zelândia.

Visitou a Antárctica pela primeira vez em 1994. Desde então, já regressou por volta de 15 vezes. Se recuarmos no tempo e recordamos os feitos de Ernest Shackleton na Idade Heróica da Exploração Antárctica - que entre abril e agosto de 1916  percorreu mais de 1280 quilómetros nos mares austrais, entre Elephant Island, e South Georgia, num bote salva-vidas para resgatar a sua tripulação -  percebemos o quão entusiasmante pode ser o trabalho de Tarn Pilkingtin.

De acordo com o The Telegraph, o guia de aventura já efetuou a rota de Shackleton quatro vezes. Quantos de nós terão a oportunidade de a fazer, nem que seja uma vez na vida? Parece uma aventura quase impossível, porém, profissionais como Pilkingtin existem para tornar a Antárctica mais acessível para quem quer conhecê-la.

Em entrevista ao The Telegraph, o guia torna a Antárctica ainda mais apetecível. Para ele, South Georgia é provavelmente o lugar mais surpreendente do mundo. Na sua perspetiva, haverá algo mais incrível do que visitar uma praia e depararmo-nos com grandes colónias de pinguins rei? Pilkingtin refere que algumas dessas colónias contam com cinco mil pares de pinguins.

“Os neozelandeses têm uma grande afinidade com a Antárctica devido à proximidade”, explica àquela fonte acrescentando que muitos guias da Nova Zelândia têm o sonho de trabalhar na Antárctica quer seja na ciência, numa base ou em turismo.

Colabora, desde 2004, com uma companhia de cruzeiros australiana que navega nas regiões polares. Em muitas das viagens, os passageiros só observam o continente revestido de gelo, no entanto, existem algumas viagens com direito a tour no exterior.

Para explorarem as regiões polares, os passageiros precisam de ter alguma preparação física e um espírito aventureiro. Depois, passam por uma formação com guias e equipas como a de Pilkington. Até porque para subir um pico de 700 metros não é preciso ter muita experiência em alpinismo, segundo este guia.

Para Pilkington, a rota de South Georgia e de Shackleton são um desafio mais “feroz”. Os participantes devem ter experiência, caso contrário o melhor será fazerem primeiro um curso de montanhismo.

Para explorar a Antárctica não há limite de idades. Muitos dos participantes têm quarenta, cinquenta ou sessenta anos. Porém, muitos dos que se aventuram nesta aventura de cruzeiro, ficam contentes só por vislumbrarem a Antártida.