Montanhas, que rivalizam com a majestade dos alpes, glaciares, florestas, vida selvagem e lagos com águas cristalinas de tons incríveis fazem deste lugar o sonho de qualquer amante da natureza.
Banff fica a cerca de 90 minutos de carro de Calgary e o seu parque, hoje Património Mundial da UNESCO, foi o primeiro parque nacional do Canadá e o terceiro no mundo.
Tido como local sagrado para os povos originários, esta área foi colonizada no final do século XIX, depois de “descoberta” em 1883 por três trabalhadores que construíram o caminho de ferro Canadian Pacific Railroad. O potencial comercial das suas fontes termais minerais foi imediatamente reconhecido e favoreceu a construção de unidades hoteleiras e delimitação de piscinas naturais.
Dois anos depois, o governo canadiano criou uma reserva, lançando o sistema de parques nacionais do Canadá e protegendo a área da interferência humana descontrolada.
Para conhecer bem o parque e visitar as suas maiores atrações, o ideal é alugar um carro. Isto permite personalizar o itinerário de acordo com as nossas necessidades e interesses e manter a flexibilidade. Para quem prefere não ter de conduzir, existem muitas excursões e caminhadas organizadas em Banff e nos arredores.
A estrada é bastante cénica e no caminho, para além das montanhas e lagos, conseguimos ver quedas de água e animais selvagens como caribus, alces, cabras de montanha e outros.
A Icefields Parkway (Highway 93) é uma das estradas mais bonitas do Canadá. Atravessa a parte norte do Parque Nacional Banff e a parte sul do Parque Nacional Jasper (outro parque incrível) e forma um elo entre a Trans-Canada Highway 1 e a Yellowhead Highway 16.
Fiquei hospedada na pitoresca cidade de Banff, um lugar encantador, com ruas largas, lojas de antiguidades, galerias de arte e uma boa seleção de restaurantes e bares.
O hotel onde fiquei na primeira noite - o Fairmont Banff Springs -, parecia um castelo escocês e tinha vistas panorâmicas fabulosas. Foi construído há mais de 100 anos pela Canadian Pacific Railroad e teve como hospedes figuras famosas e históricas como o rei George VI, a rainha Isabel II, Marilyn Monroe e Winston Churchill.
A joia de Banff é o Lago Louise, por isso este é o lugar perfeito para começar uma visita ao Parque. A água é fria demais para tomar banho, mas um passeio de canoa é obrigatório. Uma trilha pavimentada acompanha a margem, com belas vistas do lago, dos glaciares, do hotel Fairmont Chateau Lake Louise (onde também passei uma noite) e do Monte Victoria.
Outras caminhadas interessantes são as que levam até à Planície dos Seis Glaciares (Plain of Six Glaciers) e até ao Lago Agnes.
Durante os meses de verão, existe também um teleférico que opera no Lago Louise (Sightseeing Gondola) que sobe até 2.088 metros, e permite observar a paisagem alpina, fazer caminhadas no topo ou simplesmente desfrutar de uma refeição no restaurante Bistro Whitehorn, que fica a mais de 2.000 metros e está aberto para o pequeno almoço e almoço.
O Lago Moraine, no Vale dos Dez Picos, é outra atração tão (ou mais) impressionante que o Lago Louise, no entanto, a meu ver, é melhor porque atrai menos visitantes. A bela água de cor turquesa é cercada por dez picos — cada um com mais de 3.000 metros de altura — e pelo Glaciar Wenkchemna.
O lago está localizado a 13 quilómetros do Lago Louise e perto da área de estacionamento existe uma trilha de caminhada de 1,5 km que percorre a costa noroeste. É uma caminhada fácil, sem subidas nem descidas. Já a caminhada mais bonita envolve uma pequena subida pela Rockpile Trail e conduz até à melhor vista do lago. Isso leva cerca de 20 minutos.
Restaurantes e aluguer de canoas também estão disponíveis nas margens do Lago Moraine.
Mais duas paragens que vale a pena fazer são o Lago Bow, que fica abaixo do Glaciar Crowfoot e do Glaciar Bow, e tem águas calmas e límpidas como um espelho onde se refletem os picos altos das montanhas; e o Lago Peyto, conhecido pela sua intensa cor azul turquesa.
Uma curta estrada ramificada conduz ao magnífico miradouro do Lago Peyto, mas há outro ponto de observação excelente que pode ser alcançado indo a pé por cerca de um quilómetro, desde a área de estacionamento.
O Lago Peyto e toda a zona envolvente é muito agradável no verão, quando os prados estão verdes e cobertos de flores silvestres.
Outras atividades divertidas, que podemos fazer no parque são: andar a cavalo; fazer um cruzeiro de barco no Lago Minnewanka; dar um passeio no Glaciar Athabasca e ver o pôr do sol sobre Banff em Sulphur Mountain.
De volta à cidade, o Banff Upper Hot Springs é o lugar perfeito para relaxar após um dia de caminhadas.
Para o povo nativo as fontes termais eram consideradas lugares sagrados e quando os visitantes começaram a deslocar-se até aqui na década de 1880, para aproveitar as águas minerais terapêuticas, já os índios o faziam há muito tempo.
A temperatura da água é mantida entre os 37 e os 40 graus Celsius, o que pode ser um pouco quente para algumas pessoas, mas para mim estava ótimo.
Como podem ver, motivos não faltam para visitar o Parque Nacional Banff. Este é, com toda a certeza, um dos lugares mais bonitos da América do Norte.
Sigam as minhas viagens mais recentes no Instagram
Artigo originalmente publicado no blogue The Travellight World
Comentários