“Ethereal”, de acordo com informação divulgada pela galeria, inclui a “‘ocupação’ da fachada e 28 peças únicas” da autoria de um artista “conhecido pela sua linguagem visual única, baseada na remoção das camadas superficiais de paredes e outros meios com ferramentas e técnicas não convencionais”.
A exposição reúne “uma seleção única de trabalhos, numa ampla variedade de suportes”. “Algumas peças que serão mostradas da GGA Gallery foram inspiradas por Miami”, refere a galeria.
Vhils partilhou na quinta-feira, na sua conta na rede social Instagram, imagens da fachada da galeria, onde esculpiu cinco rostos.
A GGA Gallery situa-se no complexo cultural de Wynwood Walls, em cujas paredes Vhils já deixou obras noutras ocasiões.
A exposição “Ethereal” fica patente até 31 de janeiro.
Nascido em 1987, Alexandre Farto cresceu no Seixal, onde começou por pintar paredes e comboios com 'graffiti', aos 13 anos, antes de rumar a Londres, para estudar Belas Artes, na Central Saint Martins.
Captou a atenção a ‘escavar’ muros com retratos, um trabalho que tem sido reconhecido a nível nacional e internacional e que já levou o artista a vários cantos do mundo.
Além de várias criações em Portugal, tem trabalhos em países e territórios como a Tailândia, Malásia, Hong Kong, Itália, Estados Unidos, Ucrânia, Macau e Brasil.
Em 2014, inaugurou a sua primeira grande exposição numa instituição nacional, o Museu da Eletricidade, em Lisboa: “Dissecação/Dissection” atraiu mais de 65 mil visitantes em três meses.
Esse ano ficaria também marcado pela colaboração com a banda irlandesa U2, para quem criou um vídeo incluído no projeto visual “Films of Innocence”, editado em dezembro de 2014, e um complemento do álbum “Songs of Innocence”.
Em 2015, o seu trabalho chegou ao espaço, através da Estação Espacial Internacional, no âmbito do filme "O sentido da vida”, do realizador Miguel Gonçalves Mendes.
Em junho deste ano, esteve em exposição no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, uma obra com retratos de três moradores do bairro 6 de Maio, na Amadora, que Vhils fez em colaboração com o investigador em Estudos Urbanos António Brito Guterres, que, nos últimos anos, tem desenvolvido trabalhos em vários bairros da periferia de Lisboa.
Além disso, em 2010, com a francesa Pauline Foessel, fundou a plataforma cultural Underdogs, que se divide entre arte pública, com pinturas nas paredes da cidade, exposições dentro de portas, no n.º 56 da rua Fernando Palha, em Lisboa, um antigo armazém recuperado e transformado em galeria, e a produção de edições artísticas originais.
A plataforma tem também uma loja, na rua da Cintura do Porto de Lisboa, que também acolhe exposições, e começou em 2015 a organizar visitas guiadas de Arte Urbana em Lisboa.
Vhils é ainda um dos mentores do Festival Iminente, que junta música e arte, realizou-se pela primeira vez em Oeiras em 2016, passando depois por Londres, em 2017 e este ano, e Lisboa, onde decorreu pena primeira vez em setembro último no Panorâmico de Monsanto, onde está irá manter-se até 2020.
No próximo ano deverá abrir o Museu de Arte Urbana e Contemporânea de Cascais, que resulta de uma parceria entre a Câmara Municipal de Cascais e Vhils.
Fonte: Lusa
Comentários