O projeto pretende restaurar, conservar e dinamizar o imóvel, para perpetuar os conhecimentos e transmissão de saberes da comunidade local, em articulação com o futuro Centro Interpretativo do Salva-vidas de Alvor, avançou a Câmara de Portimão em comunicado.

O antigo ponto de comercialização de pescado através do método de leilão, conhecido como lota, “é um imóvel que simboliza um dos principais panteões do património piscatório edificado, histórico e cultural daquela vila algarvia”, refere o município.

Além da restauração da fachada e do interior do edifício, os trabalhos de valorização preveem a instalação de dois quiosques interativos e equipamento museográfico e de projeção, com informação em várias línguas sobre a história da pesca e da comercialização do pescado em lota.

“Um dos principais vetores será evocar a história da evolução da zona ribeirinha de Alvor, em termos da sua ocupação ao longo dos tempos e dos importantes espaços de memória que aí existiram, como a antiga estiva, os armazéns de trabalho dos pescadores ou as primeiras tascas, hoje convertidas em restaurantes”, lê-se na nota da autarquia.

Os hábitos gastronómicos e de consumo locais, a envolvente e paisagem ribeirinha, o património natural e a biodiversidade da Ria de Alvor serão também divulgados através dos equipamentos interativos.

O projeto a desenvolver através do Museu de Portimão em articulação com a Unidade de Regeneração Urbana está orçado em 283 mil euros, no âmbito do programa Mar2020.

Segundo a autarquia do distrito de Faro, os planos passam também por integrar a antiga lota e a zona envolvente nos circuitos turísticos relacionados com o património cultural e de natureza, criando condições para pequenos passeios comentados pela Ria de Alvor sobre temas da sua história e vivências.