"A Airbnb está grata pela oportunidade de trabalhar com a Câmara Municipal de Lisboa e apoiar os [seus] anfitriões com estas novas medidas, que são um exemplo para o mundo", sustenta o responsável pelo marketing da empresa em Portugal, Arnaldo Muñoz, num comunicado hoje divulgado.

Segundo o representante, "a Airbnb quer liderar o seu setor nesta matéria, tornando mais fácil para os anfitriões apoiarem financeiramente a sua cidade e desenvolverem os compromissos assumidos dentro da comunidade de alojamento local" desta plataforma.

"O novo processo que agora começa é completamente automático e simples", garante.

Em causa está um acordo assinado pelo Airbnb e pela Câmara de Lisboa para que seja cobrada a taxa de um euro por noite, até um máximo de sete euros, aos turistas que fiquem alojados em casas e quartos disponibilizados no site.

Paralelamente, a plataforma vinca que vai trabalhar em conjunto com o município para "promover uma atuação mais responsável no alojamento local e 'home sharing', construindo uma comunidade aberta e transparente no setor".

A empresa pretende também impulsionar "o desenvolvimento sustentável do turismo em harmonia com outras áreas que ajudem a fazer de Lisboa um local melhor para viver, trabalhar e viajar".

A medida entra em vigor a 1 de maio, data a partir da qual a plataforma começa a fazer a coleta e a enviar, em nomes dos utilizadores inscritos com espaços para alugar, o valor da taxa turística paga pelos visitantes.

"A verba será acrescentada ao total pago pelos visitantes em todas as estadias na cidade e remetida à autarquia trimestralmente", precisa a Airbnb.

O vereador das Finanças do município, João Paulo Saraiva, considera que este é "um importante passo para simplificar o processo de coleta da taxa turística e tornar mais claras as formas de funcionamento do alojamento local".

A seu ver, este setor tem contribuído para fomentar a economia da cidade, "na criação de emprego e como complemento do orçamento familiar".

Aprovada em 2014, a Taxa Municipal Turística começou a ser aplicada a 1 de janeiro sobre as dormidas de turistas nacionais e estrangeiros nas unidades hoteleiras ou de alojamento local.

A estimativa inicial da autarquia, de maioria PS, era arrecadar 15,7 milhões com a taxa turística este ano, verba que reverte para um fundo turístico criado para financiar investimentos na cidade.

A Câmara ainda não revelou se prevê uma receita maior, dado o alargamento da cobrança à Airbnb.

A plataforma cobra uma taxa semelhante em Paris e Amesterdão.