De acordo com esta entidade, o prémio, atribuído anualmente, distinguiu "este conjunto patrimonial e a qualidade geral da intervenção de conservação e restauro realizada por ocasião da comemoração dos 250 anos da construção da torre, o seu principal ícone visual".

Classificado Monumento Nacional em 1910, a Igreja e Torre dos Clérigos é propriedade da Irmandade dos Clérigos, e o projeto da sua recuperação e restauro foi elaborado por uma equipa multidisciplinar.

Ainda segundo a Gulbenkian, o júri foi unânime na decisão, sublinhando “o respeito pela integridade física dos sistemas construtivos existentes, preservados e restaurados com recurso a técnicas tradicionais, as adequadas metodologias de conservação e restauro do património artístico integrado”, que permitiram recuperar e revalorizar retábulos, órgãos, sanefas, púlpitos, varandins, escaiolas ou pinturas de fingimento, entre outros elementos iconográficos e decorativos.

Destaca ainda que "o valioso património móvel, onde pontuam, entre numerosas peças de âmbito litúrgico, esculturas e pinturas sobre tela e madeira, foi objeto de tratamento e recolocação adequados, devolvendo-se ao conjunto a dignidade e os valores perdidos".

A obra, que representou um investimento de três milhões de euros, cofinanciado pelo Programa Operacional Regional ON2 e pelo Programa Jessica, ficou concluída em junho de 2015, recorda a Gulbenkian no comunicado.