Dia 1

Castelo Branco é uma cidade repleta de história e tradições que que sobreviveram ao longo dos séculos e, por toda a cidade, existem vários museus que pode visitar para as descobrir. A cereja no topo do bolo é o Jardim do Paço Episcopal, um dos jardins mais bonitos do país, onde os visitantes se podem perder durante horas a explorar todos os cantos e recantos repletos de tesouros cheios de significado.
Para descansar
  • Centro de Interpretação do Bordado
    O Centro de Interpretação pretende contribuir para revalorizar o Bordado de Castelo Branco, o ex-libris da cidade e do concelho. Situado no edifício da Domus Municipalis, antiga Casa da Vila, o centro dá a conhecer as origens do Bordado de Castelo Branco, desde a sementeira do linho à tecelagem, passando pela criação do bicho da seda e extração da matéria prima. Além disso, o espaço acolhe também a Oficina-Escola de Bordado de Castelo Branco, sendo possível observar algumas das mais experientes bordadoras a executar o seu trabalho.
  • Museu Francisco Tavares Proença Júnior
    O Museu Francisco Tavares Proença Júnior foi criado em 1910 pelo arqueólogo que lhe deu o nome e reune grande parte do património cultural do concelho, com especial relevo para as coleções de Arqueologia, Têxteis bem como de Arte Sacra. Um dos núcleos principais do Museu é o da Arte Têxtil, em que predominam as colchas de Castelo Branco, tradicionalmente bordadas pelas raparigas solteiras para dar sorte no casamento. O Salão Nobre do Museu é um espaço majestoso e polivalente que recebe diferentes eventos como concertos, palestras, jornadas e até jantares.
  • Jardim do Paço Episcopal
    O Jardim do Paço Episcopal é um dos maiores ex-libris da cidade Albicastrense e um dos mais extraordinários jardins barrocos portugueses. Apenas para visitar este jardim já vale a pena visitar a cidade que tem, claro, muitos outros encantos. O jardim é um labirinto repleto de tesouros a descobrir, como várias estátuas de granito, sendo as mais marcantes as dos reis de Portugal que ornamentam as escadas. Um facto curioso é que as estátuas dos reis espanhóis, que governaram Portugal durante a dinastia Filipina, são muito menores do que as restantes, porque "não podemos apagar a história, mas podemos encolher certas partes".
 

Dia 2

No segundo dia do nosso roteiro, passamos a manhã a visitar vários pontos de interesse na cidade de Castelo Branco, como o castelo templários ou o museu e, depois, partimos em direção a Vila Velha de Ródão, a cerca de 30 quilómetros de distância, para ficar a saber mais sobre as rotas de contrabando e as gravuras rupestres que se encontram a descoberto nas margens do rio Tejo.
Para descansar
  • Castelo de Castelo Branco
    O Castelo de Castelo Branco, também conhecido localmente como Castelo dos Templários, data do século XIII e, atualmente, poucos elementos restam do castelo original. A Igreja de Santa Maria do Castelo no interior do castelo, por exemplo, está completamente descaracterizada devido a sucessivas reconstruções. Erguido pelos Templários, provavelmente entre 1214 e 1230, terá sido feito à imagem de um outro erigido na atual Síria, em “Chastel Blanc”, sendo possível que essa seja, de forma analógica, a base originária do nome Castelo Branco.
  • Museu Cargaleiro
    O Museu é constituído por dois edifícios contíguos – o edifício histórico designado por "Solar dos Cavaleiros", um palacete construído no século XVIII e um edifício contemporâneo do século XXI. No primeiro, podemos encontrar peças de cerâmica tradicionais, incluindo a denominada Cerâmica Ratinha, usada no quotidiano das populações rurais do século XIX. A cerâmica contemporânea está também presente no segundo núcleo, onde estão expostas peças de Pablo Picasso, Marc Uzan, Claire Debril entre outros. O espaço alberga também as obras das diversas fases de Manuel Cargaleiro e a exposição Cargaleiro e Amigos, onde são apresentadas diversas obras de amigos próximos de Cargaleiro.
  • Mural da Zona Antiga albicastrense
    Quem caminha pelas ruas de Castelo Branco poderá ficar agradavelmente surpreendido por um mural que evoca os grandes símbolos de Castelo Branco. O Mural da Zona Antiga albicastrense é da autoria de Rosária Bello, natural de Nisa e residente em Castelo Branco, e pode ser encontrado junto á Igreja de Santo António. No mural, é possível encontrar vários elementos tradicionais de Castelo Branco, como a Viola Beiroa, o Jardim do Paço Episcopal, uma poesia de António Salvado, poeta albicastrense e até dois residentes daquela rua, que costumavam visitar a artista enquanto ela pintava.
  • Núcleo Museológico do Contrabando, Perais
    O Núcleo Museológico do Contrabando fica localizado na sede da Junta de Freguesia de Perais, Vila Velha de Ródão, e aborda a história de uma freguesia da raia e a importância que o contrabando teve no relacionamento entre a comunidade portuguesa e espanhola, seja a nível económico, social ou cultural. No local é possível ver objetos do quotidiano e das vivências de uma época em que o contrabando era um importante meio de subsistência. Numa visita ao núcleo, é possível fazer uma verdadeira viagem a um tempo não muito distante, mas muito diferente do que vivemos atualmente.
  • Caminho da Telhada
    Para quem gosta de caminhadas na natureza, fazer o Caminho da Telhada é uma experiência a não perder. O percurso circular, em Perais, tem cerca de 6 quilómetros, e é assente numa plataforma plana, que corresponde ao terraço fluvial mais antigo do rio Tejo, formado há cerca de 1 milhão de anos. Ao longo do percurso é possível encontrar marcações do local onde chegava a água do Tejo em diferentes anos e até um túmulo e lagar escavados em Xisto. O melhor de tudo, é a paisagem deslumbrante, onde o rio Tejo serpenteia por entre os montes, numa imagem digna de uma pintura.
  • Arte Rupestre Vale do Tejo
    Em Vila Velha de Ródão, nas margens do Tejo, podemos encontrar várias gravuras picotadas no xisto. No núcleo de São Simão, foram identificadas mais de três centenas de rochas gravadas que podem ser visitadas. A figura humana é representada quase sempre de uma forma muito esquematizada e, por vezes, em cenas do quotidiano. Numa das gravuras - uma das mais emblemáticas - é possível, por exemplo, identificar dois humanos a erguer um veado morto.
 

Dia 3

A bonita vila de Proença-a-Nova tem vários espaços que merecem uma visita, desde o Centro de Ciência Viva da Floresta onde somos convidados a tocar, experimentar e sentir a floresta até à bonita aldeia de Figueira, integrante da Rede de Aldeias de Xisto de Portugal, que parece ter parado no tempo e nos faz querer ficar lá para sempre.
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  • Centro Ciência Viva da Floresta
    O Centro Ciência Viva da Floresta é um espaço interativo, com foco no tema florestas, capaz de conquistar miúdos e graúdos, ensinado de forma divertida. No espaço é possível ficar a conhecer mais sobre as árvores, os seus aromas, a forma como diferentes árvores dão origem a diferentes tipos de madeira, mas também descobrir mais sobre as ameaças à floresta, como o caso dos incêndios. No exterior do espaço é possível visitar um charco, em fase de colonização, e observar as várias espécies de fauna e flora.
  • Museu Isilda Martins
    Criado por Isilda Martins, o museu, em Sobreira Formosa, reune objetos do quotidiano nas aldeias do concelho de Proença-a-Nova, como vestuário, alfaias agrícolas e outros utensílios datados da primeira metade do século XX. O espaço recria vários cenários domésticos e de diferentes profissões e tem uma coleção muito interessante de roupas usadas na primeira metade do século XX em diferentes ocasiões, como as roupas de trabalho, de domingo e de luto. O museu mostra a simplicidade do quotidiano e as memórias da vida no concelho.
  • Aldeia de Xisto de Figueira
    A Aldeia de Xisto de Figueira tem atualmente 16 habitantes e preserva a memória de outros tempos. O forno comunitário ainda é usado para assar pão, cabrito ou o que for necessário, e ainda se mantém as portas nas ruas, que fechavam a aldeia e a protegiam dos ataques de lobos. Passear pelas "quelhas" de Figueira é como fazer uma viagem no tempo. A cereja no topo do bolo é o restaurante Casa Ti Augusta, onde é possível degustar das melhores iguarias da região, incluindo o plangaio e a tigelada feita no forno comunitário, como nos velhos tempos.