O “tempo mínimo de conexão” designa o menor tempo que uma companhia aérea pode oferecer numa  conexão entre voos. Esse tempo não é fixo, varia de aeroporto para aeroporto e pode variar de voo para voo. 

Os aeroportos maiores exigem tempos de transferência mais longos, assim como os voos internacionais em que os passageiros precisam de passar pelo controle de passaportes, pela segurança aeroportuária e verificar novamente a bagagem.

Segundo o site Smarter Travel, as companhias aéreas definem tempos de conexão mínimos padrão para cada hub em que operam, mas essa informação raramente consta do website da transportadora. Porém é fácil de encontrar quando se pesquisa um voo com escala(s) já que o sistema informático de cada companhia aérea está preparado para ter em conta esse fator quando sugere um itinerário.

Alguns desses tempos mínimos de conexão parecem demasiado curtos para um grande aeroporto, chegando a ter apenas 30 minutos quando se trata de ligações domésticas. As escalas internacionais geralmente são superiores a uma hora e podem exceder duas horas em aeroportos com terminais internacionais e domésticos separados. Mas isso quer dizer que o tempo de escala apresentado pela companhia vai ser suficiente para não perder o voo de conexão? Numa palavra: não.

Apenas significa que, se perder o seu voo e tiver comprado todo o percurso com a mesma companhia aérea, a transportadora vai ser obrigada a colocar-lhe no próximo voo disponível sem qualquer custo adicional.

Sair do avião e caminhar até uma porta de embarque distante, facilmente consome o tempo da escala e se ele for curto demais pode ser uma experiência stressante ter de correr, abdicar de comer ou de ir à casa de banho, para chegar a tempo. Por isso pode não ser boa ideia comprar um bilhete com conexões curtas só porque ele é vendido pela transportadora aérea. 

Quando marcar um voo com escalas considere estes pontos:

  • 60 a 90 minutos para uma conexão doméstica. 
  • 2 horas a 2h30 para uma conexão internacional. 
  • Viajantes com necessidades especiais, como pessoas com deficiência física, idosos com dificuldade de locomoção ou famílias com crianças pequenas, podem precisar de mais tempo para se deslocarem entre portas de embarque, num grande aeroporto. 
  • Se viajar durante as épocas do ano mais movimentadas como o verão, Natal, Páscoa, Carnaval e outros feriados, assegure-se de marcar voos com escalas mais longas porque com toda a certeza os aeroportos vão estar demasiado cheios e as filas de controle de passaporte e bagagem, maiores e mais lentas.
  • Se viajar com bagagem de porão compre um bilhete único, os bilhetes únicos geralmente permitem despachar a bagagem do ponto de partida até ao destino, transferindo as malas automaticamente nas escalas e poupando tempo no seu percurso de um avião para outro.
  • Limite-se a uma única companhia aérea ou a voos entre companhias parceiras. Normalmente, nos grandes aeroportos centrais, as companhias aéreas tentam garantir que as suas portas de embarque e as dos parceiros estejam próximas umas das outras facilitando as transferências. Se comprar bilhetes em duas companhias diferentes e o seu primeiro voo atrasar e você perder a conexão, a segunda companhia aérea considerará responsabilidade sua o atraso e você terá de comprar uma nova passagem para o próximo voo. Neste caso, convém reservar os bilhetes com um tempo de conexão longo, para poder transitar pelo aeroporto com calma e garantir que não perde o segundo voo.
  • Evite reservar o último voo do dia a partir do aeroporto de ligação. A razão é óbvia: se houver um atraso e a companhia aérea tiver que o colocar no próximo voo, mas o seu voo de conexão original for o último do dia, o próximo voo obviamente vai exigir que pernoite no aeroporto onde está a realizar a escala e chegue com um dia de atraso. O ideal é reservar uma ligação o mais cedo possível. Quanto mais “próximos voos disponíveis” existirem, maiores serão as suas chances de chegar no dia planeado.
  • Se tiver mais do que uma opção, escolha com atenção o hub para o seu voo de conexão. Alguns aeroportos são mais propensos a atrasos ou tem controlos de segurança mais demorados. Se pesquisar essa informação com antecedência pode evitá-los. Na Europa, Londres Heathrow aparece muitas vezes nas listas de aeroportos centrais “a evitar se possível”, juntamente com Paris Charles de Gaulle e Frankfurt. Os viajantes geralmente preferem Amesterdão, Munique, Madrid, Roma e Zurique. 

Pode ler mais dicas sobre como não perder um voo de conexão aqui.

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