Sabia que Serpa tem oliveiras com dois mil anos?

7 set 2023 11:00

Serpa tem seis oliveiras classificadas de interesse público que complementam o riquíssimo património da cidade. Sabia que algumas destas árvores têm dois mil anos?

É interessante ver a muralha acompanhada de três oliveiras do tempo de Jesus Cristo, com dois mil anos.

Ou circular na Praça 25 de Abril e descobrir um exemplar com a base oca, uma área grande e com um perímetro que alcança quase nove metros.

Calcula-se que a oliveira tenha mais de mil anos. Foi a última a ser classificada. Está protegida com um anel de pedras decorativas. A base está retorcida e tem muita rama cujo verde faz concorrência às laranjeiras que existem na praça.

Diz um vizinho da oliveira que a árvore está “no antigo largo das camionetas da rodoviária. Transplantaram as oliveiras velhas praticamente só com o pé. Como está bem tratada, continua a dar azeitona todos os anos e é boa para comer. É cordovil”.

Cordovil de Serpa é uma das mais de duas dezenas de espécies de oliveiras em Portugal.

Dizem que a produção é irregular e a azeitona pode ser utilizada para conserva em verde. É muito cultivada da região de Serpa/Moura.

Nos arredores de Serpa, há ainda alguns olivais muito antigos e foi de dois deles que em 1958 e 1978 foram transplantados alguns exemplares para o núcleo urbano. “Próximo da igreja de Santa Maria, na Praça da República, também há várias.

Perto do jardim e da estátua do Abade Correia da há mais. São todas bem tratadas. Isso é sagrado”.

Duas das oliveiras junto à estátua do botânico e diplomata Abade Correia da Serra estão classificadas.

Têm entre 5 a 6.5 metros de altura e terão dois mil anos de idade. O tronco, o retorcido dos ramos e a ampla zona interior junto ao solo revela a fragilidade do tempo.

Há uma terceira oliveira. Secou, está deitada, não foi classificada, mas apresenta um efeito muito bonito, toda retorcida, como se ainda manifestasse resistência ao tempo.

Junto à muralha do castelo, na rua dos Arcos, encontram-se mais três exemplares milenares, com formas muito distintas. O verde da copa contrapõe-se à frieza pétrea da muralha.

Uma das árvores foi colocada num canto da muralha, num patamar superior de numa zona ajardinada e é a que tem uma copa mais verdejante. A base também é muito larga.