Os Estados Unidos da América e o Reino Unido são as nações mais influentes do mundo em termos de soft power, de acordo com um novo relatório da Brand Finance, a principal consultora mundial de avaliação de marcas. A China ocupa o terceiro lugar, um salto significativo no Índice Global de Soft Power de 2024, à medida que a COVID se desvanece da consciência social.

A Brand Finance publica o Global Soft Power Index com base num inquérito realizado a mais de 170 000 inquiridos de mais de 100 países para recolher dados sobre as perceções globais dos 193 Estados membros das Nações Unidas. Graças ao âmbito do inquérito, o Índice é o estudo mais abrangente do mundo sobre as perceções das marcas nacionais e fornece uma análise aprofundada da evolução do soft power à medida que as nações enfrentam grandes mudanças e desafios globais.

O soft power é definido como a capacidade de uma nação para influenciar as preferências e os comportamentos de vários atores na cena internacional (Estados, empresas, comunidades, públicos, etc.) através da atração e da persuasão e não da coerção. Cada país é avaliado em 55 parâmetros diferentes para obter uma pontuação global de 100 e é classificado do 1º ao 193º lugar.

Portugal sobe três posições no ranking

Portugal posiciona-se como uma das 30 melhores marcas de soft power. O estudo de mercado reflete um aumento acima da média nos pilares da Reputação (0.3 pontos para 6.9/100) e Educação & Ciência (0.3 pontos para 3.2/10). Nos últimos quatro anos, Portugal realizou várias campanhas sob o lema "Melhor Destino do Mundo" para promover o país, cada ano focando um aspeto diferente: 2021 como um dos melhores destinos turísticos do mundo, 2022 como um destino seguro e sustentável, 2023 focando o país como um destino para eventos e reuniões, e em 2024 como um destino para o turismo de aventura e desporto. Todas estas campanhas têm tido um impacto positivo na promoção da marca Portugal, contribuindo para um aumento do turismo e do investimento estrangeiro.

Portugal tem realizado diversos eventos e projetos que têm contribuído para o crescimento da métrica Educação e Ciência. Estabeleceu colaborações de investigação com instituições e centros de investigação de renome internacional em áreas como a biotecnologia, a inteligência artificial e as energias renováveis, como o Instituto de Medicina Molecular (IMM), o Instituto Superior Técnico (IST), o Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) ou o Centro de Física Teórica e Computacional (CFTC). Estas colaborações e projetos conjuntos têm reforçado a reputação de Portugal como um centro de excelência científica e contribuído para o avanço do conhecimento em várias áreas de investigação.

O restante top 10 do ranking é formado por (além de EUA, Reino Unido e China) Japão, Alemanha, França, Canadá, Suíça, Itália e Emirados Árabes Unidos.