A linha telefónica, chamada "linha existencial", foi ativada nesta quarta-feira, e estará ativa até o fim do ano diariamente entre as 11h e as 14h, informou à AFP Linda Karlsson, porta-voz do museu da Cultura Mundial (Världskulturmuseet), em Gotemburgo.

Quem responderá as perguntas será Bagayo, um caçador hadza do norte da Tanzânia, que "nesse horário irá a uma montanha, onde poderá acessar a rede para entrar em contacto com quem tiver perguntas existenciais", acrescentou.

Para poder participar, é preciso agendar a consulta com antecedência.

"Trabalho com os hadza desde 2011. Fazem parte da minha rede de contactos, que abro para o público sueco", disse Thea Skaanes, que concebeu a ideia e é a curadora do projeto.

Os hadza são um grupo de caçadores-coletores, formado por cerca de mil pessoas do norte da Tanzânia e são estudados por investigadores em antropologia, psicologia e biologia, que procuram compreender o Homo Sapiens, informou Skaanes, antropóloga da universidade de Aarhus, na Dinamarca.

As consultas por telefone sobre temas existenciais têm como público-alvo pessoas com idades entre 14 e 25 anos, uma faixa etária que costuma fazer este tipo de perguntas, destacou Skaanes.