O Dubai assumiu a liderança no Savills Executive Nomad Index 2023, estudo lançado hoje como parte da publicação Impacts, colocando Lisboa no quinto lugar da tabela. Em segundo lugar está a cidade de Málaga que é uma estreia neste ranking.

O Savills Executive Nomad Index classifica 20 destinos para trabalhadores remotos de longo prazo, sendo que todas as cidades analisadas possuem um programa de visto para nómadas digitais (ou equivalente).

No caso dos Estados Unidos e países europeus, estes fazem já parte de um grande bloco económico que permite a livre circulação de nómadas digitais para residir ou trabalhar. O clima favorável durante todo o ano e os elevados níveis de qualidade de vida são fatores a destacar nos destinos apresentados, assim como os seus mercados residenciais prime.

“Os setores de fintech e de serviços financeiros em rápido crescimento no Dubai, juntamente com um a isenção de impostos e elevada qualidade de vida, são fatores muito apelativos para os nómadas digitais”, comenta Swapnil Pillai, diretor-associado da Savillis no Médio Oriente.

O Dubai regista também uma pontuação elevada em ambos os tipos de conectividade. O Dubai International é o aeroporto mais movimentado do mundo. Além disso, o Dubai continua a investir na sua infraestrutura digital, com os Emirados Árabes Unidos a praticar as velocidades móveis mais rápidas do mundo.

Málaga estreia-se no Savills Index a ocupar o segundo lugar do ranking. A cultura da cidade, a gastronomia e o custo de arrendamento mais acessível, somados ao lançamento do visto de nómada digital em Espanha no ano passado, têm atraído trabalhadores aptos para desempenhar funções remotamente. As chegadas de grandes empresas como a Google expandiram também sua base comercial.

Miami, Abu Dhabi (outro destino estreante) e Lisboa completam os cinco primeiros lugares da tabela. Lisboa, o destino do topo do ranking do ano passado, continua a ser uma proposta atraente para os nómadas digitais graças à qualidade de vida, cultura e conectividade que oferece aos residentes, fatores que se aliam a um clima bastante favorável. Novas localizações entraram no índice este ano e, tal como muitas cidades mundiais, Lisboa tem visto as suas rendas residenciais prime subirem rapidamente - 13,9% só no primeiro semestre deste ano.

Paul Tostevin, diretor de pesquisa mundial da Savills, conclui: “a conectividade é importante para um nómada digital, pelo que as cidades dominam o ranking, ocupando os cinco primeiros lugares. Os principais centros urbanos oferecem boas infraestruturas de transporte e comunicação, redes de negócios, clima favorável, praias e boa qualidade de vida".

“Destinos de lazer estabelecidos como Barbados e Algarve também estão em destaque, em sexto e nono lugares, respetivamente. Para alguns, tal permitiu que as suas segundas residências se tornassem na sua casa principal durante o ano, estendendo a sazonalidade nos mercados imobiliários locais prime”.

Abaixo encontra a tabela com o top 20:

Lisboa é o quinto melhor destino global para nómadas digitais
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