A partir de agora, os russos podem contar com um guia de conduta e etiqueta sempre que viajarem para outros países, dentro e fora da Europa. O guia foi lançado pelo governo russo e alerta para determinados comportamentos a evitar em 52 países (Portugal não é um deles).

Alguns são, basicamente, regras gerais que o senso comum exige quando estamos num país culturalmente diferente, tais como mostrar simpatia para com os cidadãos, cumprir as leis, não ser mal educado ou insultar os outros e respeitar os costumes e tradições.

O guia dá especial atenção aos comportamentos homofóbicos a evitar em cada país. Uma atitude curiosa já que, em 2013, a Rússia aprovou uma lei controversa que proíbe a "propaganda" LGBT. Mas houve o cuidado de alertar os turistas russos neste campo. Por exemplo, em França, são aconselhados a "não dirigirem-se a representantes da comunidade LGBT com palavras ou gestos ofensivos". Já em Espanha, "a expressão pública negativa em relação a pessoas de orientação sexual não-tradicional não será bem vista, por isso abstenha-se dela". E, ainda, para quem visita o Canadá, o guia avisa: "O casamento gay foi legalizado neste país há vários anos e existe uma séria fixação na igualdade de género".

Mas há outras recomendações fora do âmbito sexual. A título de exemplo:

Bangladesh: "Agitar as mãos às mulheres é considerado uma ofensa";

Reino Unido: "Elevar as sobrancelhas é percebida como uma expressão de cepticismo";

Dinamarca: "Ao lidar com os dinamarqueses é recomendado manter a distância e evitar perguntas de natureza pessoal";

Países Baixos: "Na Holanda não é bem aceite chegar-se tarde a um encontro";

Noruega: O guia alerta para a violência contra crianças, que é punida fortemente neste país.

Em 2013, a China também lançou um guia semelhante para os seus cidadãos, onde chamava a atenção, além de outros comportamentos, que os turistas chineses não deviam pôr o dedo no nariz em público no estrangeiro.

Veja também: Pôr a língua de fora ou cheirar o pescoço. Como se cumprimentam as pessoas pelo mundo