"São investimentos sobretudo de promotores locais e, em alguns casos, associados com emigrantes. As novas unidades apostam no conceito de turismo natureza, no mundo rural e na excelência ambiental do concelho", afirmou à Lusa o autarca social-democrata João Manuel Esteves.

Segundo o autarca aquelas unidades correspondem a 17 projetos turísticos aprovados "só no último trimestre desde ano" e que vão permitir a criação de "26 unidades de alojamento com capacidade para alojar mais 68 visitantes".

Atualmente, adiantou, "existem em Arcos de Valdevez, entre Alojamento Local, Turismo no Espaço Rural, Turismo de Habitação e hotéis, um total de 74 empreendimentos turísticos, com uma oferta total de 781 camas (450 quartos), sem contar com o Parque de Campismo da Travanca que possui capacidade para alojar 400 pessoas".

João Manuel Esteves adiantou que os projetos em causa prendem-se "sobretudo com reabilitação de património edificado e a reconversão em unidades hoteleiras".

"É uma mais-valia não só por permitirem a reabilitação de património do concelho como pela dinâmica económica que vão originar quer seja no crescimento do setor turístico quer no da construção civil", sustentou.

João Manuel Esteves explicou que o aumento do investimento no setor turístico "tem-se sentido na última década" e mais recentemente devido "a classificação, em 2009, do PNPG como Reserva Mundial da Biosfera pela UNESCO".

"Essa classificação está a ter um grande impacto e Arcos de Valdevez é uma das portas de entrada nessa joia nacional", destacou.

E oferta turística é gerida pela central de reservas da Adere-Peneda Gerês - Associação de Desenvolvimento de desenvolvimento regional, que abrange os cinco concelhos que integram a área do PNPG. Além de Ponte da Barca, os municípios de Arcos de Valdevez, Melgaço, Montalegre e Terras de Bouro.

A central de reservas foi criada "com o intuito de promover alojamentos turísticos de qualidade, que permitam ao visitante um contacto direto com a natureza, dando também a conhecer as tradições e produtos locais, a gastronomia e o artesanato destas regiões".

Constituído a 08 de maio de 1971, o único parque nacional de Portugal abrange cinco concelhos dos distritos de Viana do Castelo, Braga e Vila Real, em mais de 70 mil hectares de área protegida, habitada por oito a nove mil pessoas.

Atualmente, o PNPG tem cerca de 240 espécies de fauna vertebrada identificadas no território e 1100 de flora, além de 500 sítios de interesse histórico e arqueológico.