Localizado a poucos metros do emblemático Casino do Estoril e do Oceano Atlântico, o Hotel Palácio do Estoril é um daqueles lugares onde factos e fantasia se cruzam em histórias incríveis.  

Projetado pelo arquiteto Henri Martinet e construido na década de 1930, numa zona verde que apenas tinha cedros e pinheiros mansos, o palácio pretendia atrair à Costa do Estoril ingleses, franceses e outros veraneantes que naquela época preferiam hospedar-se e passar férias na costa francesa. 

A sua imponente e elegante fachada ainda hoje impressiona, assim como os quartos e luxuosas salas. A decoração mantém-se clássica, mas todo o hotel foi adaptado e atualizado para que aos seus hóspedes não falte nenhum conforto moderno.

À entrada, como em todos os grandes hotéis, fui recebida por um porteiro vestido a rigor que me indicou a receção. Check-in rápido, informação sobre horários de pequeno-almoço e spa transmitidos prontamente, e, em poucos minutos, estava a percorrer os corredores em direção ao quarto, aproveitando para deitar o olho à Galeria Real e à Galeria do Fundador com as suas dezenas de fotografias de celebridades, políticos e realeza, que por ali passaram também.

No quarto, à minha espera, pastéis de nata e vinho do porto — mimos sempre apreciados.

Sentei-me a comer enquanto observava a suite e a sua decoração clássica. Não pude evitar de  pensar em quem mais lá teria dormido. Isto porque durante a Segunda Guerra Mundial, enquanto a Europa estava “a ferro e fogo” e Portugal era um dos poucos territórios neutros, o Palácio do Estoril  ficou conhecido por hospedar espiões britânicos e alemães, incluindo Ian Fleming que, segundo dizem, começou a  escrever “Casino Royale” e a criar a personagem de James Bond, no bar do hotel. Reza a lenda que também o piloto e espião francês Antoine de Saint-Exupéry iniciou a escrita de “O Principezinho” no Bar Estoril.

Realidades (ou fantasias?) à parte, depois de me instalar, fui explorar as outras áreas do hotel. Espreitei as bonitas salas de estar, o bar, o piano Steinway, o jardim,  a esplêndida piscina exterior que no verão deve fazer as maravilhas dos hóspedes e o sereno Spa Banyan Tree e Wellness Center, de onde já não saí o resto da tarde.

O spa fica num outro edifício, mas há uma passagem interior e elevadores entre o edifício principal e este edifício anexo, que permite sair do quarto de roupão e chinelos para ir para o spa sem ter de apanhar frio.

Massagens inspiradas nas tradições asiáticas, jacuzzi e uma piscina aquecida dinâmica — melhor impossível!

Fiquei muito feliz com a perspetiva de passar ali aquela tarde chuvosa de inverno.

O Palácio do Estoril  tem dois restaurantes, um café e um bar, mas não tive oportunidade de experimentar nenhum (a não ser o bar). Já o pequeno-almoço servido em buffet foi um dos pontos altos da estadia.

Uma chef que preparava omeletes e ovos a pedido, favo de mel, vários tipos de fruta, bolos, pães, carnes frias, salmão fumado, frutas, iogurtes… Não podia pedir mais nada.

Palácio do Estoril
créditos: The Travellight World

Foi um fim de semana delicioso. O Palácio do Estoril é o hotel perfeito para uma glamorosa staycation! 

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