A vida da aldeia e dos seus habitantes está ali contada como era há meio século atrás com rimas de criatividade e sensibilidade de poeta.

Gouveia a aldeia em verso
créditos: Who Trips

Logo à entrada da povoação dizem que chegamos à aldeia em verso.

Muitos versos estão na toponímia da aldeia, em poços, fontes, largos e evocam pessoas ou apenas lugares como a:

Gouveia a aldeia em verso
créditos: Who Trips

Os versos foram colocados na década de 80.

O autor é José Valentim Lourenço, poeta popular que nasceu e viveu em Gouveia.

Gouveia a aldeia em verso
José Valentim Lourenço créditos: Who Trips

Morreu em 2002 e podemos conhecê-lo melhor no antigo Rossio que agora tem o seu nome. É aqui que está retratado num busto e onde os conterrâneos lhe prestam homenagem. Na placa onde se dá nome ao largo está escrito:

Gouveia a aldeia em verso
créditos: Who Trips

No busto é feita referência a uma outra iniciativa, a criação do Teatro, em que José Valentim Lourenço foi fundador. Segundo se lê na página online da União Recreativa de Fontanelas e Gouveia: "O Teatro de Revista de Fontanelas e Gouveia nasce fruto da iniciativa de José Valentim Lourenço, com o seu talento para escrever versos, aliado ao seu espírito carnavalesco, deram origem às tradicionais cegadas de rua".

Gouveia a aldeia em verso
José Valentim Lourenço créditos: Who Trips

"Estas, realizadas pelo Carnaval, eram compostas por seis ou sete personagens que retratavam cenas de cariz popular. Em 1964, José Valentim Lourenço escreve e encena um programa de variedades, com o qual o grupo de teatro sobe ao palco pela primeira vez, dando assim continuidade às cegadas carnavalescas e dando início a um palmarés de êxitos".

Gouveia a aldeia em verso
créditos: Who Trips

O Grupo de Teatro de Fontanelas e Gouveia continua em atividade e um dos últimos projetos foi a revista “Recordar é Viver”.

Esta forte motivação para atividades culturais e dar a conhecer a vida da sua aldeia em versos vem já do avô que também foi poeta popular e ele próprio ficou conhecido como Zé Massano, dando continuidade ao nome do avô.

Gouveia a aldeia em verso
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Laurindo Tomé Pedro foi conterrâneo de José Valentim Lourenço e é com prazer que enaltece os versos que levam muitos visitantes a Gouveia.

Gouveia a aldeia em verso
O moinho no alto da encosta créditos: Who Trips

Além dos versos e do largo da igreja, Laurindo chamou-nos também a atenção para o moinho que está no alto de Gouveia, embora, hoje esteja muito diferente, mantendo apenas a estrutura de pedra e adaptado para habitação.

Gouveia a aldeia em verso
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Esta zona era só vinhas e pomares, não tinha as casas nem o pinhal que se vê hoje.

A aldeia mantém alguns traços rurais mas mudou muito. Há muitas casas, mercearias e cafés. É bonita ou nas palavras de José Valentim Lourenço:

Gouveia a aldeia em verso
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Gouveia a aldeia em verso faz parte do programa da Antena1, Vou Ali e Já Venho, e pode ouvir aqui.