"É a garrafa de álcool mais importante do mundo, já que vai ajudar no progresso das comunidades que vivem na zona acidentada e nos seus arredores", afirmou o professor Jim Smith.
Os investigadores britânicos encontraram radioatividade nos cereais mas graças a um processo de destilação conseguiram fazer com que a única radioatividade fosse de carbono 14, ou seja, "o mesmo nível que em qualquer outro álcool forte", afirma o comunicado.
A equipa inglesa trabalhou com outros cientistas ucranianos para elaborar a bebida.
Após o acidente nuclear, foi estabelecido um perímetro de 30 quilómetros em volta de usina onde o cultivo estava proibido, exceto para as pequenas plantações.
"Milhares de pessoas ainda vivem nesta zona onde as explorações de terras agrícolas e os investimentos estão proibidos", recordou Smith.
Estes cientistas pretendem criar uma empresa com vocação social, chamada Sociedade de licores de Chernobyl, com a qual querem comercializar em pequena escala os seus primeiros produtos durante este ano. Três quartos dos lucros serão destinados à comunidade local.
O acidente na usina de Chernobyl, no dia 26 de abril de 1986, provocou 30 mortos e centenas de afetados com doenças relacionadas com o acidente.
As autoridades evacuaram desta zona 350.000 pessoas e os cientistas consideram que a radioatividade levará 24.000 anos para desaparecer.
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