A cidade que, para muitos, não passa de um cliché carrega com ela uma magia inegável. Uma magia que nos transporta através dos filmes e nos faz sonhar ser o ator principal.
1. O outono
Cada estação do ano tem a sua magia mas o outono é, sem sombra de dúvidas, uma das melhores alturas para correr NY de lés a lés. Além das temperaturas bem mais amenas, e dos saldos (para quem for fashion victim, como eu), nos meses de setembro e outubro os parques ganham uma tonalidade tão quente que continuam a fazer-nos lembrar o verão. Além do pulmão da cidade, o Central Park, o meu destaque vai para o Battery Park. Em tamanho mini mas super catita e com uma vista incrível da 'Lady Liberty'. A minha dica: fazer jus à fast-food num picnic junto ao grande lago da Bow Bridge e, para os mais sonhadores, terminar com um passeio por Strawberry Fields onde se encontra o mosaico 'Imagine', dedicado à memória de John Lennon.
2. As compras
Nem toda a gente aprecia a azáfama das lojas numa grande metrópole, eu confesso que isso me fascina. Mas vou contar-vos um segredo: a mítica Fifth Avenue faz parte do passado. Além de não ser particularmente bonita, lojas como a Zara e H&M roubam-lhe o encanto, sobretudo quando os preços duplicam em relação à Europa. Optem pela Madison Avenue, a mais luxuosa das avenidas a nível de lojas e das poucas onde as árvores decoram singelamente os passeios. A minha dica: aquelas pechinchas que toda a gente fala? Só no Woodbury Common Premium Outlets, em Central Valley (a cerca de 1h de carro de Manhattan), onde encontram centenas de marcas a preços irresistíveis.
3. Brooklyn
Além de dar o nome a um dos ex-líbris da cidade, a belíssima Brooklyn Bridge, Brooklyn é um dos five boroughs (bairros) de NY com uma vista privilegiada sobre Manhattan. De personalidade forte e independente, moderno e 'recheadinho' de hipsters, Williamsburg é a zona mais animada. Em plena fase de ascensão, este bairro é um dos mais en vogue do momento, onde muitos dos antigos armazéns da era industrial foram transformados em bares-lounge ou lojas cheias de irreverência. A minha dica: se existem finais de tarde perfeitos um deles é no rooftop do Wythe Hotel, a beber um cocktail, enquanto o pôr do sol realça o skyline de Manhattan.
4. Os arranha-céus
Apreciar a cidade a partir do céu é algo a não perder e as vistas mais procuradas continuam a ser as do observation deck do Empire State Building (ESB) e do Top of the Rock. Ambas de cortar a respiração mas, na minha opinião, quando a disputa se trata da melhor vista o primeiro lugar vai para o 70º andar do GE Building no Rockefeller Center. É que ao contrário do ESB, que fica umas ruas atrás, é possível admirar o Central Park sem betão a atrapalhar. A minha dica: para quem quiser escapar às filas e entrar sem pagar bilhete basta subir ao Rainbow Room do nº 30 da Rockefeller Plaza. É lá que está o sofisticado lounge SixtyFive, onde pelo preço de um mojito ($25 sem filas) têm a melhor vista noturna da cidade.
5. A Broadway
Nova Iorque já é, por si só, um espetáculo e os do Teatro da Broadway são, indubitavelmente, os mais prestigiados. A minha dica: tal como a New York Fashion Week, a semana da moda que decorre duas vezes no ano, também a Broadway tem direito a uma semana dedicada a si. A vantagem são os bilhetes em saldos, 2 pelo preço de 1. Imperdível.
6. Os filmes
Muitos são os filmes que nos fazem sonhar com Nova Iorque desde pequeninos. Quem nunca se riu com o 'Sozinho em Casa 2: Perdido em NY' que levante o braço. Em plena Fifth Avenue está o Hotel Plaza, onde o pequeno Kevin, perdido, aluga uma suite com o cartão de crédito do pai. E para as que vibram com 'Sex And the City', e adoravam ser uma Carrie Bradshaw por um dia, que tal um saltinho à Magnolia Bakery de Greenwich Village? Aproveitem para se lambuzar com um cupcake. A minha dica: as mais sonhadoras podem andar mais uns metros, até à Perry Street, e tirar uma selfie nas escadinhas do nº 66.
7. Os museus
Não existe nada mais cultural do que uma viagem, mas para esta ficar completa tem de incluir um tour pelos museus da cidade. A começar no American Museum of Natural History, para todos os apaixonados por História Natural, e acabando no Metropolitan Museum of Art (MET) que para mim é só o mais belo e completo museu que alguma vez visitei. Sem falar no seu Rooftop Garden, no último piso, que nos faz quase sobrevoar o Central Park. MoMA e Guggenheim, para quem aprecia o modernismo e, claro, não esquecer a New York Public Library que apesar de não ser um museu deve fazer parte do roteiro. A minha dica: muitos deles têm tabelado um preço de bilhete de $25 designado como recomendado (suggested admission), o que significa que pode dar o que quiser. A maior parte dos turistas desconhece esta hipótese, mas basta chegar à bilheteira e dizer que pretende oferecer, por exemplo, $5 por um bilhete et voilá.
Artigo escrito por Eliana Miranda para o blogue Volto JÁ
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