O último dia no Sri Lanka foi passado a explorar a sua capital, Colombo. Não vou tentar dar uma imagem dourada desta cidade. Não fiquei a maior fã. Talvez pelo facto de ter passado as semanas anteriores num ambiente mais tranquilo e natural.

Felizmente optámos por não iniciar esta viagem aqui e ainda bem. Passei três semanas com uma imagem calorosa, hospitaleira e natural deste país. Colombo é um pouco a antítese desta imagem. Como todas as grandes cidades asiáticas, é caótica e, à parte de alguns pontos interessantes, pareceu-me pouco dotada de grande interesse do ponto de vista turístico.

É o coração da economia do Sri Lanka, mas definitivamente falta-lhe a alma do país. Aqui não há sorrisos espontâneos, não há a vontade de ajudar só porque sim, não há a tranquilidade, descontração ou a proximidade que se sentem nas zonas mais rurais ou nas cidades mais pequenas. E o que não há também, sem dúvida, é tempo a perder.

Mas, felizmente, esta última experiência no Sri Lanka não estragou as recordações incríveis que levo comigo desta viagem. Em três semanas percorri e descobri um país dotado de uma beleza natural inacreditável e um povo que, apesar de tudo o que passou ao longo do tempo e da pobreza em que grande parte vive, mantém uma atitude aberta e hospitaleira em relação a quem o visita.

Vi magníficas criaturas selvagens em liberdade, descobri uma das gastronomias mais saborosas desta zona do mundo e provei alguns dos melhores chás da minha vida.

O Sri Lanka deu-me tudo o que eu estava à espera e um bocadinho mais ainda: desde praias dignas de postal a mantos verdes que se estendem por quilómetros, vestígios de uma rica história milenar e uma vontade de voltar para explorar tudo o que não coube nestas três semanas.

Algumas notas úteis sobre o destino para quem consegui eventualmente meter o bichinho deste destino na cabeça:

- A comida é picante, ponto. Até podem implorar para que não venha picante para a mesa. Mas convençam-se que vão ter a boca a arder durante alguns minutos. Por isso, comecem já a habituar o paladar antes de partirem. Conselho de amiga.

- Andar de autocarro público é a forma mais prática de se movimentarem dentro do país: é barato e pode-se mandar parar em qualquer sítio. Mas estejam preparados para verem a vossa vida a passar em flashback pelos vossos olhos algumas vezes. Os condutores dos autocarros são completamente insanos e acham que vivem numa pista de rally.

- Um bom sorriso leva-nos bem longe e o Sri Lanka é um belo exemplo disso. Aqui, os sorrisos são fáceis e genuínos. Mesmo que vejam alguém com a cara fechada, experimentem atirar-lhes com um sorriso assim do nada. Quase de imediato a expressão dessa pessoa transforma-se por completo.

- As Roti Shops são uma opção local, barata e deliciosa para as vossas refeições. Roti de galinha, de peixe, de vegetais, de queijo, simples, de chocolate, de banana... and so on, and so on. rotis para todos os gostos e feitios e são todos absolutamente deliciosos.

- Tratem de se encher de repelente de mosquitos para onde quer que vão. Os bichos do inferno aqui não perdoam nem um minuto.

- Apesar do conforto e lado prático que oferece uma viagem de carro privado pelo país, viajar de transportes públicos (comboio, autocarro, tuk-tuk...) oferece uma visão mais pura e real do país, para além de ser uma alternativa bastante mais económica.

Mas o melhor conselho que vos posso dar é este: vão. Peguem na mochila, na mala, no trolley ou na trouxa e partam, com a certeza de que vão encontrar um dos destinos mais interessantes e ricos do ponto de vista cultural e humano do mundo.

Eu sei que um dia volto. Até já, Sri Lanka!

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