O piloto francês, funcionário contratado pela empresa bitânica desde 2002 e fora de serviço desde há um ano e meio, disse sofrer de "síndrome aerotóxica" causada pelo ar que circula dentro dos aviões.

"O ar que respiramos na cabina passa pelos motores e dentro dos motores existe um óleo que contém muitos elementos nocivos, incluindo organofosforados que são semelhantes aos pesticidas, e que causam danos no sistema nervoso central", disse o piloto à agência AFP.

A advogada do piloto pede que sejam feitas análises à qualidade do ar que circula dentro dos aviões da companhia easyJet, bem como um exame médico e forense ao seu cliente.

A companhia aérea disse apenas à AFP que "tinha conhecimento que um dos seus pilotos iria tomar medidas legais". A queixa foi apresentada ao Ministério Público de Bobigny, próximo de Paris.

De acordo com um membro de um dos sindicatos da easyJet, "este é um assunto que já existe há muitos anos, mas difícil de provar". E acrescenta: "Levará provavelmente vários anos de investigação científica".

A companhia aérea enviou uma declaração ao SAPO Viagens onde esclarece: "A easyJet opera com uma das frotas mais modernas que existem. Os nossos aviões respeitam totalmente as mais recentes normas de qualidade do ar e ar condicionado. Estamos plenamente comprometidos com os reguladores, tendo-nos oferecido para trabalhar com a CAA no que diz respeito à qualidade de ar das cabines, com o propósito de beneficiar a indústria. Também gostaríamos de trabalhar com outras companhias aéreas, fabricantes e indústria para aprofundar os estudos sobre este tema".

Artigo atualizado com a declaração da easyJet às 14h37