Chegámos ao aeroporto e era altura de fazer o check-in das malas, o destino ficava desvendado: "Veneza"! Entre beijos de agradecimento, alguns "és maluco!" e "deve ter sido caríssimo!!", a felicidade estava estampada na cara dela. Tudo corria como eu havia planeado!

Voo animado e cheio de perguntas da parte dela: "Como?", "Porquê?", "Desde quando?", enquanto lia o guia do nosso destino.

Chegada ao aeroporto Marco Polo e era tempo para a segunda surpresa!

- "Então, agora vamos de comboio? Era o que dizia no livro."

- "Não, amor".

Levei-a até ao cais, onde um barco- táxi previamente reservado já esperava por nós. Tudo estava a ser mágico.

O táxi passou por vários pontos daquela belíssima ilha antes de nos deixar à porta do hotel, foram os nossos primeiros "Oh, que lindo!".

O primeiro de três dias foi passado a namorar e passear, já com o roteiro previamente estudado para garantir que tirávamos o melhor daquela viagem. Segundo dia, dia de pôr em prática a maior de todas as surpresas.

Mais passeios, risadas, beijos e muito amor, durante a manhã e tarde. Chegando perto da hora de jantar expliquei-lhe que era altura de vestir "aquele conjunto", íamos jantar a um sitio especial.

Restaurante já reservado, luz baixa e uma vela na nossa mesa, comida do melhor. Não havia outro sítio no mundo onde quiséssemos mais estar naquele momento, tudo estava perfeito.

Terminado o jantar, levei-a até ao Casino, uma "panca" que temos em todas as nossas viagens e em Veneza não podia falhar!

- "Amor, já me doem os pés.", o chão de Veneza não é fácil para ninguém, "Vamos andando para o hotel?"

Caminhamos de volta para o hotel e o meu coração começava a bater cada vez com mais força, o momento estava próximo e o nervosismo começava a falar mais alto.

Perto da porta do hotel digo-lhe:

- "Vamos só ali aquela praça, vi que tem uma vista muito bonita!"

- "Mas amor, já estou mesmo cansada, vamos lá amanhã."

- "Vá, são só dois minutos, vais gostar!"

Praça Campo S. Vio. Não se ouvia mais nada que não o mar a bater nas paredes. Só nós ali, mais ninguém à volta.

Ajoelho-me, tiro o anel do bolso e pergunto-lhe: "Marina, queres casar comigo?". "SIIIM!"."