Antes de começarem a ler o nosso roteiro para a Sicília não deixem de espreitar, caso não o tenham feito, a nossa impressão sobre este ilha fantástica no mediterrâneo.

Taormina

Desde Catânia são 55 quilómetros. Ficámos hospedados duas noites

Chegamos ao aeroporto de Catânia por volta das 22 horas, jantamos algo rápido e partimos de imediato para Taormina, até porque o ambiente ao redor do aeroporto não é o mais favorável para quem está a começar umas férias de verão. Mas calma, não se assustem, não há razões para entrar em pânico.

Taormina é uma cidade muito bonita que fica no topo de um rochedo gigante em forma de cone. A cidade é muito iluminada, conferindo um charme típico do glamour italiano. É ordenada mas também apertada, ideal para estacionar o carro e passearem a pé pelo movimentado centro da cidade e deixarem-se deslumbrar com as vistas desde o topo de Taormina.

Taormina
Taormina créditos: Pixabay

Ficámos hospedados no Hotel Villa Greta, um alojamento muito simpático com umas vistas espetaculares para o vulcão Etna e para o mar. Logo na primeira noite ficamos na varanda do Villa Greta a sentir aquele típico calor de noite de verão, acompanhado de um bom copo de vinho da região e hipnotizadas pelo vermelho da lava que escorria do vulcão.

No dia seguinte, fomos jantar ao Arco dei Cappucini, muito bonito mas também caro. Não comemos mal, mas não se justificou os 100 euros (refeição mais do que completa) que pagamos. Há imensos restaurantes, muitos turísticos que servem refeições mais acessíveis, mas são isso mesmo, turísticos. Podemos dizer que Taormina é o Mónaco da Sicília.

Isola Bella

Quanto a praias perto de Taormina, não deixem mesmo de passar um bom tempo na Isola Bella (praia com características muito próprias e para os que não se deixam intimidar com as pedras em vez de areia) e ainda Giardini-Naxos, onde poderão contar com bom ambiente e música enquanto desfrutam das vistas, agora doutra perspetiva, para Taormina.

Isola Bella
Isola Bella créditos: Pixabay

Vulcão Etna

Para os mais aventureiros, subam até ao Monte Etna para encontrarem o maior vulcão ativo da Europa. Subam de carro até onde der (há excursões que vos levam até lá, mas como tínhamos alugado carro optámos por usufruir dele) e explorem a zona.

Se não estiverem com as contas muito apertadas, por 60 euros podem ir até ao topo do vulcão. Fomos porque nunca tínhamos subido a um vulcão e não nos arrependemos da experiência, mas fica ao vosso critério. E desenganem-se se acham que vão chegar bem perto do centro da ação, não vão ver lava nem nada que se pareça, mas podem contar com alguns ruídos de pequenas explosões que já dá bem para soltar a adrenalina. No topo do vulcão está mais frio, podendo chegar a atingir temperaturas negativas, por isso, se pensarem em subir até ao ponto mais alto, agasalhem-se. Enquanto lá estávamos, nevou, para grande excitação nossa! Quantas vezes imaginaram estar no topo de um vulcão, ativo, enquanto nevava?

Vulcão Etna
Vulcão Etna créditos: Volto JÁ

Catânia

Desde Taormina são 55 quilómetros

Só passámos lá uma tarde. É uma grande cidade, bastante industrial e com todo aquele peso dramático de uma cidade grande, algo que não queríamos para as nossas férias de verão. Mas como ficava a caminho da nossa próxima paragem aproveitámos a praia, que é grande e com água bastante quente.

Câtania
Câtania créditos: Pixabay

Siracusa

Desde Catânia são 68 quilómetros. Ficámos hospedados uma noite

É uma cidade mesmo agradável para se passear, com muita gente na rua à noite, aliás como em toda a Sicília. Há poucos bares, mas aproveitem para passear pela cidade velha, vale mesmo a pena. Há também bastantes ruínas de construções gregas e romanas para visitar no centro e arredores da cidade, mas se gostam de ruínas, esperem pelo vem por aí. Quanto a gastronomia, um restaurante imperdível, conselho de um local: Sicilia in Tavola. Comemos massa de frutos do mar, deliciosa, mas percebemos que tudo lá era bom. Aproveitem para beber vinhos do Monte Etna, apostem nos brancos, até para refrescar. Ah, e não podem sair da Sicília sem provar uns belos de uns cannoli!

Siracusa
Siracusa créditos: Pixabay

Reserva natural de Vendicari

Na viagem entre Siracusa e Sciacca, paramos na reserva natural de Vendicari. Saimos um pouco da rota, mas a aventura vale a pena. Tivemos que deixar o carro numa zona de estacionamento e andar cerca de um quilometro até à praia. É uma praia com água muito quente e que mais parece uma piscina. Andámos, andámos, andámos e nunca deixámos de ter pé. É possivelmente a água mais transparente da Sicília. De seguida, fizemo-nos novamente à estrada e ainda antes de chegarmos a Sciacca, paramos em Agrigento. Obrigatório visitar o Valle Dei Templi! Se puderem façam-no no crepúsculo.

Reserva natural de Vendicari
Reserva natural de Vendicari créditos: Volto JÁ

Sciacca

Desde Siracusa são 270 quilómetros. Ficámos hospedados uma noite

É uma cidade pequena, com um bom ambiente de festas populares, trazendo muito movimento à rua, de dia e de noite. Procurem o bar Shoteria e todos os bares ao lado. Nesta zona não tivemos muita sorte com as praias, uma das que fomos foi foi Mazzaro del Vallo, é boa para se refrescarem apenas.

Sciacca
Sciacca créditos: Pixabay

Trapani

Desde Sciacca são 71 quilómetros. Ficámos hospedados duas noites

Uma das cidades mais espetaculares da Sicília, havendo muita coisa para ver nesta zona. Come-se muito bem, e o cheiro dos restaurantes costuma atrair os clientes. Trapani é (mais) uma cidade com muita movimentação à noite, com imensos restaurantes e bares frequentados por gente jovem e muitas, mesmo muitas, gelatarias.

Trapani
Trapani créditos: Pixabay

Vila de Erice

Uma das desilusões desta zona foi mesmo Erice, vila na qual depositávamos muitas expetativas. É engraçadinha, mas deserta. De qualquer maneira dêem lá um salto, podem ter outra opinião.

Aqui, perto de Trapani, vão encontrar um grande número de praias fabulosas, diríamos até que as cinco que vamos anunciar são mesmo imperdíveis para quem está a pensar visitar a Sicília:

Reserva Natural de Zingaro: Tal como Vendicari, há que estacionar o carro e explorar a zona até chegar à primeira praia, que é deslumbrante. Nós paramos logo por ali, porque ainda se anda um bocado até lá chegar, mas se forem com tempo podem alongar a caminhada e explorar outras praias. Por ser uma reserva natural, tem um custo de entrada 5 euros mas válido para todo o dia.

Scopello: É a praia mais bonita que alguma vez o João viu. Preferimos ser assim curtos, porque achamos que é o suficiente. Paga-se 3 euros para desfrutar da zona.

Scopello
Scopello créditos: Volto JÁ

San Vito lo Capo: É a praia mais completa de toda a ilha. É a Copacabana da Sicília. É animada e com um areal extenso e um cenário de arrasar. Vamos dar um aviso que serve para todos os locais onde pensem estacionar o carro, no entanto, nós vamos usar este texto para o dizer porque fomos multados em San Vito lo Capo. Cuidado ao estacionar, olhem sempre para as placas e para os horários em que é permitido deixar lá a viatura. Quando voltámos não tínhamos carro, tinha sido rebocado, e não queiram chatear os funcionários das empresas de reboque, eles podem nem entender-vos.

Praia de San Vito lo Capo
Praia de San Vito lo Capo créditos: Volto JÁ

Castellamare del Golfo: Uma praia agradável que vale a pena conhecer por ser tranquila e por ter muito espaço, sentindo-se o contato com a natureza verdejante. Falando novamente de gastronomia, aqui provámos outra das especialidades sicilianas: brioche com gelado. Parece estranho mas é delicioso! Para ser o mais siciliano possível, optem por gelado de pistácio.

Mondello: Como não chegamos a alojar-nos em Palermo, fomos de carro apenas até Mondello. É uma praia com a água cristalina e areia muito branca. Foi uma das surpresas das férias, pelo facto de se encontrar tão perto da capital da Sicília.

Mondello
Mondello créditos: Volto JÁ

Depois destes belos dias partimos em direção ao aeroporto de Trapani, mas isso não significava o fim das nossas férias. Tal como aconselhámos no texto de introdução à Sicília, colem esta viagem, se conseguirem, a uma visita a Roma, é a combinação perfeita.

Informações da viagem

- Mês da viagem: Julho de 2014

- Orçamento para estes quatro dias: Aproximadamente 800 euros por casal (para despesas de refeições, transportes, gasolina, bares e entrada em atrações);

- Como chegámos lá: Avião Ryanair de Porto-Milão-Catânia e regresso Trapani-Roma-Porto, com um custo de 70 euros por pessoa (ida e volta);

- Aluguer de carro: Previamente alugado através da Rentalcars na Europcar: 260€ para os sete dias de viagem, com recolha em Catânia e depósito em Trapani;

- Preço médio da refeição: Se for em restaurante, com entrada, prato, copo de vinho e sobremesa, pagam aproximadamente 25 euros por pessoa;

- Alojamento: Hotel Villa Greta, Taormina, 140€ por duas noites, com pequeno almoço. Le Grand Bleu Siracusa, Siracusa, 44€ por uma noite, com pequeno almoço. Locanda Al Moro, Sciacca, 65€ por uma noite, com pequeno almoço. B&B Drepanum, Trapani, 130€ por duas noites, com pequeno almoço.

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