"Os passadiços também estão a arder. O fogo está aí a começar", disse à Lusa o autarca, sem conseguir precisar qual a extensão daquela estrutura em madeira que foi atingida pelo fogo.

José Artur Neves desvalorizou, no entanto, esta questão, afirmando que o fogo nos passadiços "não tem nenhum significado", tendo em conta "a tragédia que se abateu sobre Arouca".

"Não admito sequer que me apontem isso como mais importante nessa desgraça. Substituir 100, 200 ou 500 metros de passadiço não tem significado nenhum. Substituir uma floresta de pinheiros, carvalhos, sobreiros e outras árvores que demorou 30 anos a crescer é que é impossível", vincou o autarca.

Já na quarta-feira, a Câmara de Arouca procedeu à evacuação dos passadiços está para prevenir eventuais complicações devido ao "risco moderado" da estrutura ser ameaçada pelo incêndio que começou há quase três dias, nas freguesias de Janarde e Covelo de Paivó, em Arouca.

Em setembro de 2015, um incêndio destruiu um troço com cerca de 600 metros dos passadiços do Paiva, entre as praias fluviais do Vau e a de Espiunca, junto à ribeira de Canelas. O percurso de oito quilómetros ao longo das margens do rio Paiva reabriu ao público no passado mês de fevereiro, depois de ter sido alvo de obras de reabilitação, que custaram cerca de 130 mil euros.