Segundo adiantou o socialista José Maria Costa, a intenção da Câmara é, "em 2017, dotar o Museu do Traje de meios tecnológicos que permitam ao visitante aceder a esse material, cuja recolha começou a ser feita este ano".

Explicou que o levantamento fotográfico e vídeo, iniciado este mês nas festas das Rosas, em Vila Franca do Lima, freguesia da margem esquerda do rio Lima, "vai permitir enriquecer o espólio do Museu do Traje".

"Trata-se de informação detalhada do que é fazer a festa. De todo o trabalho de preparação, do que está por detrás de cada procissão de cada número", explicou.

Situado na Praça da República, em pleno centro histórico da cidade o Museu do Traje está instalado num edifício construído entre 1954 e 1958, com características arquitetónicas do Estado Novo, onde funcionou até 1996 a delegação local do Banco de Portugal.

O espaço foi criado em 1997, assumindo a missão de estudar e divulgar a identidade e o património etnográfico do concelho. Inicialmente, a tutela do Museu foi entregue à Comissão de Festas da Senhora d'Agonia, tendo a autarquia assumido a gestão do equipamento em 2000. Em 2002 iniciou processo de adesão à Rede Portuguesa de Museus, tendo sido certificado em 2004.

Para José Maria Costa o levantamento em curso preservar a memória, usos e costumes e a identidade" do concelho "valorizando o trabalho das comissões de festas que durante um ano dão tudo de si para manter viva a tradição".

O autarca anunciou que ainda este ano será feita a "apresentação de um documentário, com um resumo do levantamento que está a ser efetuado e que para o ano integrará o espólio do Museu do Traje permitindo aos visitantes, através de meios tecnológicos, aceder a esse material".

No concelho de Viana realizam-se cerca de 70 festas e romarias, sendo a principal a Romaria da Senhora d'Agonia, considerada a "Romaria das Romarias" do país.

Romarias de Viana do Castelo

As romarias de Viana do Castelo começam no mês de maio com as festas das Rosas, em Vila Franca, que se realizam sempre no fim de semana do segundo domingo de maio. O ponto alto é o desfile dos cestos floridos, confecionados com caules, folhas, botões e pétalas de flores naturais transportados à cabeça pelas mordomas, para oferta a Nossa Senhora do Rosário.

O ciclo festivo do concelho termina com a romaria de São Silvestre, em Cardielos, nos dias 30 e 31 de dezembro. De acordo com a confraria "os romeiros visitam o santuário e fazem romarias, de joelhos ou a pé no recinto da capela e põem no prato o seu donativo" ao santo a quem é atribuído o poder protetor dos animais, sobretudo bovinos.

Manda a tradição ancestral que "os agricultores recomendem os animais a São Silvestre e levando-os a dar voltas, em romaria, ao redor da capela situada no cimo do monte, e a receber a bênção".

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