De acordo com a criadora dos "Jardins Efémeros", Sandra Oliveira, esta sexta edição prevê mais de 500 atividades em áreas tão distintas como o som, as artes visuais, arquitetura, cinema, teatro ou dança.

"Só sessões infantis estão programadas 325 e vamos receber cerca de 5.500 pessoas em 'workshops'. Esperamos uma 'brutalidade' de gente, estimamos que passem mais de 100 mil pessoas pelos 'Jardins', durante os dez dias", sustentou.

Durante a inauguração da sexta edição dos "Jardins Efémeros", Sandra Oliveira explicou que, para este ano, foi preparada uma abordagem entre tempo e espaço, destacando o Pavilhão do Mundo Português.

"Temos vários polos muito interessantes, mas o que mais me emociona é o Pavilhão do Mundo Português. Quisemos dar a possibilidade de dar outras leituras a lugares devolutos, trabalhando o tempo como tema, trabalhando política e, artisticamente, a questão do que é ser português", referiu.

Além do Pavilhão Mundo Português, localizado nas antigas instalações da fundição Francisco Gonçalves, na rua José Branquinho, destaque ainda para a "Wrong Time Capsule", na rua Serpa Pinto, que acolhe os artistas emergentes de Viseu.

"Por estes dias vamos também ter um conjunto de atividades internacionais fora do comum, com nove concertos que nunca foram feitos em Portugal", acrescentou.

O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, destacou a cidade de Viseu como a mais dinâmica, fora do que é o litoral.

"Para este ano, temos como novidade devolver o Adro da Sé às pessoas. A partir de hoje, e até final de setembro, acabaram-se os carros no Adro da Sé", sublinhou.

Vânia Viana, de Santa Comba Dão, foi uma das muitas curiosas que se passeou pelo centro histórico da cidade de Viseu, mostrando-se entusiasmada "pelo ar rústico e do antigamente, que se vai fazer sentir nos próximos dias".

"É bonito de se ver e fico feliz por saber da notícia de que não vamos ter trânsito por aqui", apontou.

Das Caldas da Rainha veio Inês Cardoso, atraída pela promessa de encontrar em Viseu uma iniciativa diferente.

"Esta é uma zona com muita história, bem aproveitada e valorizada para atrair pessoas. Traz pessoas para a rua, e de todo o país", concluiu.

Organizado pela associação cultural Pausa Possível, o evento conta com um financiamento direto de 121 mil euros e indireto (apoios não financeiros) de 12 mil euros do município de Viseu.