Já todos sabemos onde foi o pedido de casamento, sabemos também onde foi a lua-de-mel, portanto a questão que se coloca agora é: então e as despedidas de solteiros? Pois bem, aqui vai o relato da minha despedida de solteira, digna de uma história do Volto JÁ. Escrevo sobre isso porque as minhas amigas não se pouparam em esforços e proporcionaram-me a melhor despedida de solteira que poderia ter tido, melhor mesmo do que eu teria organizado. Escrevo sobre isso também na esperança de poder ajudar quem precisa de dicas e ideias, pois, tal como eu, tem em perspetiva uma mão cheia de despedidas de solteira.

A primeira dica que deixo é para as noivas. Deixem que sejam as amigas a organizar a despedida de solteira e desfrutem de tudo o que elas prepararem para vocês. Já basta a imensidão de coisas que existem para organizar relativamente ao casamento, por isso delegar algumas tarefas é o melhor que podem fazer e as amigas vão adorar. Claro que isto implica total ignorância quanto ao que irá depois acontecer, mas se fosse de outra forma não teria metade da piada. E esta é precisamente a deixa para a segunda dica: amigas, mantenham o suspense, por muito que a excitação com os preparativos vos deixe cheias de vontade de contar tudo, controlem-se! Todas gostamos de uma boa surpresa!

Vamos lá então recuar até ao dia 28 de Agosto, 6h da manhã. Eu, em casa, à espera de uma das minhas madrinhas de casamento, que me levaria até ao destino da minha DS (despedida de solteira), no momento, ainda desconhecido para mim. Direção aeroporto (hum… estou a gostar). À chegada, lá estava o resto do grupo, maravilhosas e divertidas, apesar das poucas horas de sono. Eu estava em êxtase mas continuava na ignorância e assim fiquei até ao momento do check-in. E aí, o êxtase virou histerismo (o possível às 6h da manhã): BARCELONA! Sim, estávamos de partida para Barcelona! Por 3 dias!! Uhuh!! Já quase todas tinham lá estado, eu inclusive, por isso tornou-se o destino ideal para um fim-de-semana despreocupado, perfeito para desfrutar apenas das coisas boas da vida, sem roteiros turísticos a controlar o relógio.

À chegada a Barcelona, apanhamos táxi até ao alojamento escolhido, dois apartamentos com capacidade total para 12 pessoas, da cadeia Eric Vokel Boutique Apartments, próximo da catedral da Sagrada Família. A decisão relativamente ao alojamento foi fácil, até porque já existiam boas referências da mesma cadeia, mas em Madrid, onde tínhamos estado no ano anterior, numa outra DS. Por isso, deixo aqui o link para o site e o selo de confiança do Volto JÁ. E aqui fica a terceira dica: o alojamento em apartamento permite ao grupo manter-se mais unido e à vontade, pela existência de salas e áreas comuns, do que o alojamento em quarto de hotel.

Check-in feito, malas arrumadas. Pode começar a diversão!

Dali seguimos para La Barceloneta, onde iríamos almoçar na famosa champanheria Can Paixano, uma espécie de tasca à espanhola, onde a especialidade são os bocadillos acompanhados de um copo de cava. Infelizmente, estava fechado. Ficará quem sabe para uma próxima DS. Sem grandes demoras, optámos então por uma das muitas esplanadas da zona e fizemos a festa ali mesmo, com um almoço tipicamente espanhol: tapas e cañas. Ora, o que apetece fazer depois de um bom almoço? Nada. Portanto, foi o que fizemos, fomos fazer nada para a praia. A praia da Barceloneta é relativamente pequena, principalmente para o número de banhistas que por lá aparecem, mas para nos refrescarmos do calor que se fazia sentir, serviu na perfeição. De qualquer maneira, para quem estiver interessado em conhecer, a Costa Dourada e a Costa Brava têm óptimas praias, próximas de Barcelona e facilmente acessíveis de comboio.

Depois de umas horas de bronze e ansiosas para conhecer a noite barcelonesa, saímos para jantar. Tudo previamente agendado, mas eu claro, sem fazer a mínima ideia sobre onde seria o repasto nem sobre o que se seguiria. Até que o táxi pára junto à Catedral, uma das zonas mais animadas de Barcelona com um ambiente jovem e ruas cheias de restaurantes e cafés. O jantar foi no restaurante Cuines Santa Caterina, localizado no mercado de Santa Caterina, com um ambiente condizente com o daquela zona. O menu é bastante incomum, dividido entre tipos de alimentos e tipos de confeções culinárias. Espreitem o site para perceberem melhor do que estou a falar. A comida estava deliciosa e o preço médio de refeição rondou os 30€/pessoa com entrada, prato, sobremesa e sangria.

Bar Boca Chica
Bar Boca Chica créditos: Volto JÁ

Toda a gente sabe que estômagos felizes são um bom prenúncio, por isso a noite já estava a prometer e a paragem seguinte não desiludiu, também esta já previamente estudada. Estou a falar do bar Boca Chica, unanimemente eleito o ponto alto da noite. O espaço é lindíssimo, a decoração super elegante, o serviço irreprensível e os cocktails maravilhosos. Merece mesmo uma visita, aliás, numa próxima visita a Barcelona, vou com certeza lá voltar. Não posso deixar de recomendar às meninas que visitem a casa-de-banho do piso inferior, ela própria já quase tão famosa e elegante quanto o Bar. Só uma palavra: photobooth! (sim, dentro da casa de banho). Obviamente, no Boca Chica, 3 horas passaram à velocidade de 30 minutos, pelo que o estado de espírito à saída era de festa e ninguém estava ainda pronto para regressar ao apartamento. Pedimos uma recomendação aos funcionários do bar e seguimos para a discoteca Sutton, sem dúvida digna de encerrar esta noite perfeita.

Sábado de manhã, poucas horas de sono, mas a motivação para levantar era muita, embora eu não pudesse ainda partilhar desse entusiasmo, uma vez que o plano para esse dia era mais uma das surpresas para a noiva. Aguardava-nos um dia de piscina no hotel W, em cabine privada, com vista para a praia. Maravilhosa surpresa! Só tenho a agradecer às minhas amigas (muito!) e à gestão do hotel, que conseguiu tornar a nossa tarde ainda melhor com uns pequenos mimos, champagne e macarrons. Há lá coisa mais girlish do que isso? Delícia! Entre brincadeiras, gargalhadas e banhos de sol, chegou a noite. E para a noite já havia também algo preparado, porque estas miúdas deixaram muito pouco ao acaso. O jantar foi no El Nacional, uma espécie de complexo gastronómico, com cervejaria, osteria, tapas, bar de cocktails entre outros conceitos. A decoração é diferente em cada um dos espaços, mas deslumbrante em todos eles. Sem dúvida, mais um dos locais da cidade onde vou querer voltar. Optou-se por fazer reserva na braseria, por ser um tipo de culinária mais consensual.

A comida não desiludiu mas o melhor foi mesmo o espaço e o ambiente requintado, mas ao mesmo tempo descontraído, com o bónus de haver com certeza um espaço e opção culinária que agradasse toda a gente. Aí a refeição rondou os 35€/pessoa com entradas partilhadas, prato e vinho. O resto da noite prosseguiu na mesma zona, no rooftop do hotel Condes de Barcelona, com maravilhosa vista sobre a cidade, particularmente sobre a rua onde se situa, o Paseo de Gracia, para mim, uma das avenidas mais bonitas da Europa. Para terminar, escolhemos uma das discotecas da Barceloneta, esta zona também uma das mais movimentadas no que diz respeito a vida noturna. Aqui estão concentrados inúmeros bares e discotecas, o que faz com que quase tudo seja disputado, desde os clientes que são aliciados a cada passo para entrar nalgum bar, até aos táxis que são a maior disputa no final da noite. Ainda assim, no meio de tamanha confusão, conseguimos fazer uma boa opção para terminar a noite, num espaço super giro, ao ar livre e música bem ao nosso agrado. A recomendação que deixo neste caso é de que optem pelo bar/discoteca que vos agrade mais em termos musicais, foi o que fizemos e correu bem.

Para o dia seguinte, o último da nossa viagem, não foram feitos planos. Afinal, já íamos com dois dias e duas noites de festa, melhor não abusar destes corpinhos que se aproximam dos 30. Portanto, acordamos, saímos para almoçar e acabámos por fazer um almoço leve perto da Catedral. A tarde continuou serenamente pelas Ramblas, e o acaso acabou por nos surpreender com um final de tarde num dos cafés mais enigmáticos e fantasiosos que conheci, El Bosc de les fades. O interior do café é um verdadeiro bosque, com pequenos regatos, lagos e “fadas” a compor o cenário. Se ficarmos por lá algum tempo, ainda somos apanhados numa das pequenas “tempestades” que acontecem ao longo do dia, com apagão de luzes e até trovões. É dirigido talvez a um público mais infantil, mas os adultos não se sentem de todo deslocados e vale a pena conhecer. Fica mesmo ao lado do Museu de Cera. E pronto, foi assim, entre fadas, que terminou a despedida de solteira que as minhas fadas madrinhas organizaram para mim. A elas, um muito obrigada!

DS Ana
Catedral de Barcelona créditos: Volto JÁ

Sei que nem sempre é fácil conciliar gostos, vontades e carteiras, principalmente quanto maior for o grupo, mas com dedicação e boa vontade conseguirão certamente organizar algo à medida da vossa noiva. O importante é que ela esteja bem acompanhada e sinta que aquele é o momento dela. Tornem a despedida de solteira o mais especial possível, seja ela onde for. Jogos, dress code, noites temáticas, ajudam e muito à diversão. Reunidas estas condições, não há como falhar. Palavra de ex-noiva.

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